No grande caminho
Somos viajores que chegam de longe… Reagrupados no templo da família ou no campo social, achamo-nos, à frente uns dos outros, com sagrados imperativos no reajuste. Disfarça-nos o manto da carne, mas as circunstâncias reaproximam-nos. E, irresistivelmente, somos convocados a recapitular velhas experiências que nos pareciam definitivamente encerradas. Laços de afeição e ódio encadeiam-nos, de novo, nos interesses mútuos e, quase sempre, incêndios devastadores nos agitam a alma, atingindo-nos os recônditos do ser, compelindo-nos à revisão de nossos próprios valores. Que seria de nós, sem o bálsamo da tolerância e sem o alimento da fraternidade? Só o esquecimento do mal consegue pacificar o terreno revolto de nosso espírito, possibilitando novas plantações. Só a compreensão é capaz de realizar o milagre de nossa resistência na subida escabrosa. Assim, pois, não nos esqueçamos do perdão que apaga todas as culpas, incentivando o bem que nos renova o ser, convertendo-nos, enfim, em verda...