Beneficência sempre
Nem todos nós dispomos de telescópios para observar as estrelas, no entanto, é imperioso reconhecer que todos possuímos recursos para enxergar as crianças desvalidas no mundo, de modo a estender-lhes o amparo que se nos faça possível.
Nem todos conseguimos subordinar as palavras aos princípios gramaticais, a fim de articular uma alocução irrepreensível, do ponto de vista idiomático, ao redor de assunto determinado, todavia, a possibilidade de pronunciar essa ou aquela frase de consolo e esperança, a benefício dos companheiros que estão suportando sofrimentos e provações maiores do que os nossos não exclui a ninguém.
Nem todos penetramos os segredos da botânica em toda a extensão, contudo, todos guardamos o privilégio de plantar árvores amigas e flores diversas, por onde passemos e onde estivermos.
Nem todos movimentamos a fortuna amoedada para a sustentação da beneficência, entretanto, é justo anotar que todos podemos repartir o pão que nos é destinado com alguém que necessite.
A vida não nos pede o impossível para que nos integremos nos mecanismos da caridade, extinguindo as provações que atormentam a Terra, mas, para que o mal desapareça, espera de cada um de nós essa ou aquela migalha do bem.
Emmanuel, do livro Convivência psicografado por Chico Xavier
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