08 junho 2021

Na senda redentora


Minha amiga,

Jesus nos agasalhe em seu manto de amor e luz.

O pranto é a água lustral da purificação.

Bem-aventurados os que conservam a lâmpada sublime da esperança constantemente acesa no coração. A dor há de ser sempre o broquel divino sobre o mármore dos nossos sentimentos e quando nos distanciamos da carne, temporariamente, louvamos as aflições que o mundo nos oferece.

Mais tarde, voltaremos à lide e, quem sabe?

Então, a nossa taça guardará amargoso conteúdo, para que aprendamos, enfim, a trilhar o caminho excelso do bem.

Muitas responsabilidades pesam em nossas vidas. Nossos corações se assemelham ao firmamento pesado de nuvens, que só a tempestade pode aliviar.

Cultive a sua felicidade na fé robusta que lhe fulgura na estrada, porque feliz é o devedor considerado digno do resgate, ainda na Terra.

Os meirinhos da Justiça Celeste não visitam os espíritos endividados, que se mergulhem na covardia ou fraqueza.

Buscam aqueles corações que amadurecem na sublime compreensão, na caridade santificante e na confiança fiel, e então lhes confere a graça da redenção pela dor, que é sempre bendita e luminosa estrela no céu dos nossos destinos.

Avancemos na atualidade, com o madeiro da renunciação sobre os ombros. Cumpramos a determinação evangélica, negando a nós mesmos, tomando a nossa cruz e seguindo, de passo firme no Gólgota de nossa real salvação.

Os amores, no santuário doméstico, são raízes profundas, inextirpáveis do coração. Não se deixe dominar pela tortura moral que lhes asfixia as fibras mais íntimas. Eleve seu pensamento e o seu coração, acima do abismo em que as aflições e as amarguras incontáveis sufocam o cérebro do homem moderno, vítima das trevas espirituais que ele próprio criou.

Que a claridade santa da fé brilhe em seus passos e que o Senhor nos abençoe.

Aura Celeste, do livro Cartas do Coração, psicografado por Chico Xavier

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