Um Aluno do Outro Mundo

Em 1856, Bezerra de Menezes concluíra seu Curso de Medicina. Para consegui-lo, deu de si constantes exemplos de renúncia aos prazeres ilusórios do mundo, potencializou seu poder de vontade, viveu o clima dos grandes sacrifícios e suportou horas amargas com serenidade, resignação e fé em Deus.
De uma feita, quase fora despejado do seu humilde quarto. Devia a um senhorio impiedoso vários meses de aluguel.
Orou a Deus e manifestou desejo de lecionar, temendo o futuro. O Alto lhe ouviu a rogativa, o desejo e o desespero. Um aluno lhe aparece. Deseja-lhe aulas intensivas de matemática e paga-lhe dois meses adiantadamente.
Bezerra reluta em receber a importância adiantada. Por fim, lembrando-se da sua situação, resolve aceitá-la.
Corre à Biblioteca e, durante dias seguidos, recorda da matemática alguns teoremas esquecidos.
Espera o aluno e, este, jamais lhe aparece. Era, na verdade, um aluno do outro mundo...
Tal fato, no entanto, fê-lo confiar mais e mais na Providência Divina, no infinito Amor de Deus.
E deveria ser mais tarde, como o foi, o Médico dos Pobres, mais de almas que de corpos.

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