Éramos, no entanto, um lenho seco
Vivemos os anos de 1931 até 1933 sofrendo física e espiritualmente, não obstante sentirmos as ajudas constantes de Bezerra e Padre Germano.
O Trabalho do Senhor medicava-nos um pouco, felizmente.
Mas, gripávamo-nos constantemente, logo assim esfriasse o tempo.
Por nossa mediunidade curadora muitos doentes obtinham curas.
Entretanto, nossa vez ainda não havia chegado, para que se confirmasse que apenas éramos um instrumento muito humilde da Misericórdia do Alto.
Em meados do ano de 1933, viemos ao Rio para tomar parte no Conselho Federativo das Sociedades adesas à Federação Espírita Brasileira, presidido pelo saudoso e culto irmão Dr. Guillon Ribeiro.
Por estarmos doente, apenas assistimos à reunião final desse benemérito Conselho, que realizou uma verdadeira Parada de Fraternidade.
Conhecemos, aí Manuel Quintão, Dr. Guillon Ribeiro, Carlos Imbassahy, Leopoldo Machado, Diamantino Sá e outros queridos confrades da Velha Guarda.
Os Amigos apiedaram-se de nosso estado físico.
E o Dr. Guillon Ribeiro, olhando para Manuel Quintão, com aquela sinceridade que lhe caracterizava o belo Espírito, disse:— Quintão, vamos pedir ao bom Bezerra pela saúde do Ramiro, que precisa trabalhar, pois faz parte de nosso familistério espiritual.
Manuel Quintão concordou.
E um mês depois, já em Três Rios, recebemos uma carta de M. Quintão, trazendo-nos uma receita homeopática e os seguintes dizeres confortadores:
— O caroável Bezerra prometeu-nos pedir à Mãe do Céu por você, por sua saúde, a fim de que o Lenho Seco ainda brote...
Guardamos aquela carta tão boa, umedecendo-a com o nosso pranto de reconhecimento.
E, desde então, graças à Mãe do Céu, começamos a melhorar.
Não mais nos gripamos. As tonteiras desapareceram. E fomos aumentando de peso, de 42 para 50 quilos, e, mais tarde, de 50 para 60, nos quais estamos até hoje.