A oração
A nossa reunião da noite de 17 de março de 1955 caracterizou-se pelo esforço assistencial intensivo. Entidades desencarnadas, em lamentável desequilíbrio, reclamaram-nos grande atenção… E, muitas vezes, fomos constrangidos à prece para melhor assimilarmos o auxílio dos nossos Benfeitores do Alto.
Finalizando as nossas tarefas, Meimei compareceu, através do médium, reconfortando-nos com bondade.
— “Meus irmãos, — disse a nossa companheira, — todos partilhamos o contentamento da nossa noite de serviço e, quanto nos é possível, estamos colaborando para que fluidos restauradores nos controlem o ambiente, restituindo-lhe o equilíbrio físico, indispensável à luta redentora em que nos situamos. Pedimos mais alguns instantes de silêncio e harmonia mental, pois estamos com a visita do nosso amigo Amaral Ornellas, que algo nos dirá, relativamente à oração.”
Retirou-se Meimei e o nosso irmão mencionado, operando imediata transfiguração do médium, ocupou-lhe os recursos psicofônicos e, de pé, depois de ligeira saudação, pronunciou o significativo soneto que transcrevemos:
A princípio é um rumor do coração que clama,
Asa leve a ruflar da alma que anseia e chora…
Depois, é como um círio hesitante da aurora,
Convertendo-se, após, em resplendente chama…
Então, ei-la a vibrar como estrela sonora!
É a prece a refulgir por milagrosa flama,
Glória de quem confia no poder de quem ama,
Por mensagem solar, cindindo os céus afora…
Depois, outro clarão do Além desce e fulgura,
É a resposta divina aos rogos da criatura,
Trazendo paz e amor em fúlgidos rastilhos!…
Irmão, guardai na prece o altar do templo vosso!
Através da oração, nós bradamos: - “Pai Nosso”
E através dessa luz, Deus responde: - “Meus filhos”!
Espírito Amaral Ornellas, do livro Instruções psicofônicas. Página recebida por Chico Xavier.