Penitente feliz
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Eu vou marchando, humilde penitente,
Embora a dor eu marcho alegremente,
Da luz, buscando os páramos divinos.
Quando a mágoa me açoita, persistente,
Tangedora dos pobres peregrinos,
Eu vislumbro reflexos celinos,
De alma feliz, esperançosa e crente.
Embora em pleno viço dos meus anos,
A mocidade não me traz enganos,
Nem a ilusão me envolve nos seus véus;
E abandonando os gozos mais vulgares,
Sinto a luz dos espaços estelares
— A alma librando na amplidão dos Céus!
Francisco Xavier, versos por ele mesmo, em O primeiro livro.
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