20 dezembro 2023

Súplica de Natal


Na noite de 22 de dezembro de 1955, finalizávamos as tarefas da reunião e as atividades do ano, quando José Xavier, o nosso companheiro de sempre, nos anunciou a presença da poetisa Cármen Cinira que, segundo a palavra do nosso amigo, vinha orar conosco.
Fizemos silêncio e, em breves minutos, com a voz e com os gestos que lhe são característicos, Cármen Cinira ocupou o canal psicofônico, emocionando-nos intensamente com a oração que abaixo transcrevemos.


Senhor, tu que deixaste a rutilante esfera
Em que reina a beleza e em que fulgura a glória,
acolhendo-te, humilde, à palha merencória
Do mundo estranho e hostil em que a sombra ainda impera!

Tu que por santo amor deixaste a primavera
Da luz que te consagra o poder e a vitória,
Enlaçando na Terra o inverno, a lama e a escória
Dos que gemem na dor implacável e austera…

Sustenta-me na volta à escura estrebaria
Da carne que me espera em noite rude e fria,
Para ensinar-me agora a senda do amor puro!…

E que eu possa em teu nome abraçar, renovada,
A redentora cruz de minha nova estrada,
Alcançando contigo a ascensão do futuro.

Espírito Cármen Cinira, do livro Antologia Mediúnica do Natal. Página recebida por Chico Xavier.

Da 10ª lição do livro “Antologia Mediúnica do Natal”, editado pela FEB em 1966.

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