Calúnia
Na noite de 8 de março de 1956, tivemos nossa atenção voltada para o triste relato do Espírito A. Ferreira que, ocupando os recursos psicofônicos do médium, nos ofertou significativa lição com respeito à calúnia, conforme as suas experiências. De todas as potências do corpo humano, a língua será talvez aquela que mais nos reclama a vigilância. Por ela, começa a glória da cultura nos cinco continentes, mas, através dela, igualmente principiam todas as guerras que atormentam o mundo. Por ela, irradia-se o mel de nossa ternura, mas também, através dela, derrama-nos o fel da cólera. Muitas vezes é fonte que refresca e muitas outras é fogo que consome. Em muitas ocasiões, é ferramenta que educa e, em muitas circunstâncias, é lâmina portadora da destruição ou da morte. Sou uma das vítimas da língua, não conforme acontece na existência humana, em que os caluniados caem na Terra para se erguerem no Céu, em sublime triunfo, mas, segundo os padrões da vida real, em que os caluniadores que triunf...