Nascer de novo

Gritava Nhô Limundo, com braveza,
No antigo Fazendão do Rio Fundo:
“No meu sítio não quero vagabundo!…”
E punha fogo às choças da pobreza.

As mulheres clamavam: “Que tristeza!”
E os velhos: “Deus nos valha neste mundo!”
Sem compaixão seguia Nhô Limundo
Fazendo fogaréu de palha acesa.

Mas o velho morreu…  Estava louco,
Via fogo dos pés até no coco…  
Rogou reencarnação quanto podia…  

Hoje é feliz na Roça do Macaco,
Tem sossego, mas mora num barraco
Que pega fogo quase todo dia.

Espírito Cornélio Pires, do livro Mãos Marcadas, psicografado por Chico Xavier.

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