20 outubro 2022

Trabalhemos


Perguntas, muitas vezes, se podes colaborar junto à bandeira de amor e luz que a Espiritualidade Maior vem desfraldando na Terra.
Estimarias movimentar poderes mediúnicos incontestes, materializando forças sutis, distribuindo consolações, traçando diretrizes, enunciando a verdade ou pronunciando o verbo revelador.
Não necessitas, no entanto, recorrer a esse ou àquele luminar da sabedoria para a obtenção da resposta.
Basta breve consulta ao livro da Natureza.
Sabes que a semente é suscetível de fazer florir o deserto, desde que lhe ofereças base adequada no solo, e que a fonte é capaz de dessedentar-te na intimidade doméstica, se lhe dás condução no canal preciso.
A semente, contudo, morre sem remissão se relegada de todo à cova de areia quente, e a fonte, por mais generosa, não te alcança o reduto familiar quando se lhe entrava o caminho.
Toda realização pede esforço.
Todo merecimento real inclui sacrifício.
Muitos, porém, almejam auxiliar, exigindo que a evolução se transforme numa avenida asfaltada em que possam deslizar de patins. Desejam fazer claridade na hora do meio-dia, melhorar o prato feito, subir em elevadores rápidos para emitirem exortações de sacadas tranquilas ou ditar bons conselhos à cabeça dos anjos.
Entretanto, embora imperfeitos, é indispensável empreendamos a cura de nossas próprias imperfeições.
Se aspiras ao bem para sanar os males da Terra, é natural que a Esfera Superior se esmere em proclamá-lo por teu intermédio.
Se procuras o Senhor, buscando ajudar a vida, o Senhor também te procura a fim de ajudá-la.
Desse modo, o Mestre Divino espera-te, na luta, por instrumento que possa atender-lhe à obra.
Purifiquemos a emoção, a fim de senti-lo.
Sublimemos o pensamento, para entendê-lo.
Eduquemos a palavra, de modo a enunciar-lhe o verbo.
Aprimoremos a ação, para exprimir-lhe a presença.
Aperfeiçoemos a nós mesmos, cada dia, quanto seja possível, porquanto, para sermos intermediários fiéis, entre Ele e o Mundo, só existe uma solução – trabalhar.

Espírito Emmanuel, do livro Seara dos Médiuns, psicografado por Chico Xavier.

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