27 agosto 2022

Compaixão sempre


“Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; soltai e soltar-vos-ão.” JESUS, LUCAS, 6:37.
“Não esqueçais, meus queridos filhos, que o amor aproxima de Deus a criatura e o ódio a distancia dele.” Fénelon, Bordeaux, 1861. Cap. 12, 10. 

Perante o companheiro que te parece malfeitor, silencia e ampara sempre.
Assim como existem pessoas, aparentemente sadias, carregando enfermidades que apenas no futuro se farão evidentes para a intervenção necessária, há criaturas supostamente normais, portadoras de estranhos desequilíbrios, aos quais se lhes debitam os gestos menos edificantes.
Compadece-te, pois, e estende os braços para a obra do auxílio.
Muitos daqueles que tombaram na indisciplina e na violência, acabando segregados nas casas de tratamento moral, guardam consigo os braseiros de angústia que lhes foram impostos, em dolorosos processos obsessivos, pelas mãos imponderáveis dos adversários desencarnados de outras existências…  E quase todos os que esmoreceram, no caminho das próprias obrigações, rendendo-se ao assalto da crueldade e do desespero, sustentaram, por tempo enorme, na intimidade do próprio ser, a agoniada tensão da resistência às forcas do mal, sucumbindo, muitas vezes, à míngua de compreensão e de amor…  
Para todos eles, os nossos irmãos caídos em delinquência, volvamos, assim, pensamento e ação tocados de simpatia, recordando Jesus, que não cogita de nossas imperfeições para sustentar-nos, e certos de que também nós, pela extensão das próprias fraquezas, não conseguimos, em verdade, saber em que obstáculos do caminho os nossos pés tropeçarão.

Espírito Emmanuel, do Livro da Esperança, psicografado por Chico Xavier.

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