12 maio 2022

Liberdade alheia / Freedom of others


Sempre que exercemos influência sobre alguém que renteia conosco nos caminhos da madureza, seja na condição de pais ou mentores, familiares ou amigos, é muito fácil ultrapassar os limites da conveniência travando, naqueles que mais amamos, os movimentos com que se dirigem para a liberdade.

Pratiquemos, sim, a beneficência da educação procurando orientar, instruir e corrigir amando sempre, mas sem violentar e sem impor.

Costumamos providenciar tudo a benefício dos entes queridos quanto ao aprovisionamento de recursos naturais, esquecendo-nos, porém, bastas vezes, de doar-lhes a oportunidade de serem como devem ser.

Nesse sentido, vasculhemos o próprio espírito e verificaremos quanto estimamos a faculdade de sermos nós próprios, de abraçar as crenças que se nos mostrem mais consentâneas com a capacidade de discernir, de sermos respeitados nas decisões que assumimos, de buscar o tipo de felicidade que mais se nos coadune com a paz do espírito, de escolher os amigos que nos pareçam mais dignos de atenção ou de afeto.

Ainda quando nos enganemos, sabemos aproveitar a lição para subir na escala de nossa adaptação à realidade, debitando-nos os erros e fracassos, com que sejamos defrontados sem razão para nos queixarmos dos outros.

Meçamos a necessidade de emancipação no próximo pelo nosso próprio anseio de independência e sempre que nos caia sob os olhos qualquer estudo em torno da indulgência recordemos a dádiva preciosa que todos os nossos companheiros de experiência esperam de nós em aflitivo silêncio: a permissão de cogitarem do seu próprio aperfeiçoamento na escolha permanente da vida tão autênticos e tão livres como Deus os fez.

Espírito Emmanuel, do livro Mãos Unidas, psicografado por Chico Xavier.


Freedom of others

Whenever we exert influence over someone who shares with us the paths of maturity, whether as parents or mentors, family members or friends, it is very easy to go beyond the limits of convenience, stopping, in those we love the most, the movements with which they walk towards freedom. .

Let us, yes, practice the beneficence of education, seeking to guide, instruct and correct, always loving, but without violating and without imposing.

We tend to provide everything for the benefit of our loved ones in terms of the provision of natural resources, but we often forget to give them the opportunity to be as they should be.

In this sense, let us search our own spirit and we will see how much we value the faculty of being ourselves, of embracing the beliefs that show us the most consistent with the ability to discern, to be respected in the decisions we make, to seek the type of happiness that most if it accords with peace of mind, to choose the friends who seem most worthy of attention or affection.

Even when we are wrong, we know how to take advantage of the lesson to climb the scale of our adaptation to reality, debiting us for mistakes and failures, with which we are faced with no reason to complain about others.

Let us measure the need for emancipation in others by our own desire for independence, and whenever any study on indulgence falls under our eyes, let us remember the precious gift that all our fellow-experienced companions expect from us in painful silence: the permission to consider the their own perfection in the permanent choice of life as authentic and as free as God made them.

Emmanuel Spirit, from the book Mãos Unidas, psychographed by Chico Xavier.

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