29 outubro 2021

Hora a hora, dia a dia


Se desejas pautar o próprio caminho nas diretrizes de Jesus, chamado que te encontras ao serviço do Evangelho, não te esqueças da hora bem vivida para que o teu dia de trabalhador seja realmente uma bênção.

Quando te levantas, cada manhã, vigia os pensamentos com que inicias a tarefa diária, meditando na confiança com que o Cristo te espera a cooperação junto àqueles que te rodeiam.

Quando começares o desempenho de tuas obrigações, centraliza a força mental no dever a cumprir.

Se tua missão permanece circunscrita ao santuário familiar, faze de tua habitação um pequeno paraíso de amor e alegria, ainda mesmo ao preço de tua dor e tua renúncia, em favor de quantos te participam a experiência.

Se teu esforço deve desdobrar-se à distância do lar, recorda o respeito que devemos a todas as criaturas e não gastes a energia do teu verbo senão para consolar e instruir, ajudar e sublimar.

Em casa ou na via pública, decerto, muitas vezes, receberás a visitação da maledicência a requisitar-te o pensamento e a palavra, a discórdia e a calúnia, a leviandade e a insensatez…  

Agora é um amigo despreocupado que estima a cultura do pessimismo e da crítica, induzindo-te o coração à perda de minutos preciosos da vida, reprovando a conduta de autoridades distantes…  

Mais tarde, serás convocado pela observação de parentes consanguíneos, acerca de futilidades mil, que quase sempre envolvem a alheia reputação…  

Não maltrates nem firas quem te ofereça semelhantes espinhos da roseira do mundo, mas sem afetação e sem alarde, procura encaminhar o conversador para algum tema edificante ou para algum serviço suave em que o concurso dele possa ser valiosamente aproveitado…  

Sobretudo, não te enganes com o apelo anestesiante do repouso desnecessário.
Dificilmente encontramos a diferença entre a ociosidade e a fadiga.

Se pretendes conquistar o título escolhido no campo da Boa–Nova, vale-te do chamado de Jesus e movimenta-te no bem com fervor infatigável.

Observa os teus dias se desejas uma existência cheia de graças e, convertendo as tuas obras em cânticos de serviços, encontrarás enfim a comunhão sublime com Aquele que nos ama, desde o princípio dos séculos, e que por amor a nós todos, jamais abandonou o trabalho incessante, de modo a socorrer-nos e a sustentar-nos até o fim.

Emmanuel, do livro Mão Marcadas psicografado por Chico Xavier

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