05 outubro 2021

A lição da bondade


Quando Jesus entrou vitoriosamente em Jerusalém, montado num burrico, eis que o povo, alvoroçado, vinha vê-lo e saudá-lo na praça pública.

Muitos supunham que o Mestre seria um dominador igual aos outros e bradavam:
—Glória ao Rei de Israel!…
—Abaixo os romanos!…
—Hosanas ao vencedor!…
—Viva o Filho de David!…
—Viva o Rei dos Judeus!…
E atapetavam a rua de flores.
Rosas e lírios, palmas coloridas e folhas aromáticas cobriam o chão por onde o Salvador deveria passar.

O Mestre, contudo, sobre o animalzinho cansado, parecia triste e pensativo.
Talvez refletisse que a alegria ruidosa do povo não era o tipo de felicidade que ele desejava. Queria ver o povo contente, mas sem ódio e sem revolta, inspirado pelo bem que ajuda a conservação das bênçãos divinas.

O glorificado montador ia, assim, em silêncio, quando linda jovem se destacou da multidão, abeirou-se dele e lhe entregou uma braçada de rosas, exclamando:
—Senhor, ofereço-te estas flores para o Reino de Deus.
O Cristo fixou nela os olhos cheios de luz e indagou:
—Queres realmente servir ao Reino do Céu?
—Oh! Sim… – disse a moça, feliz.

—Então – pediu-lhe o Mestre –, ajuda-me a proteger o burrico que me serve, trazendo-lhe um pouco de capim e água fresca.

A jovem atendeu prontamente e começou a compreender que, na edificação do Reino Divino, Jesus espera de nós, acima de tudo, a bondade sincera e fiel do coração.

Meimei, do livro Pai Nosso psicografado por Chico Xavier

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