Caridade e relacionamento
Lições professadas nas faculdades de ensino conferem às criaturas variadas titulações de competência.
Entretanto, embora se observe, na Terra de hoje o imperativo de se formarem valores acadêmicos, no que se refere à comunicação, é justo reconhecer que a ciência do relacionamento, nos acertos precisos, é prerrogativa de Jesus.
Foi na cátedra da caridade que ele, o Mestre Divino, lecionou todas as matérias necessárias à concórdia entre os homens, como sejam: o perdão das ofensas, a oração pelos perseguidores, o amparo aos necessitados, o socorro aos doentes, o bom ânimo aos tristes e o apoio aos fracos e aos pequeninos.
Lembremo-nos disso e atendamos à compreensão para com os outros, a fim de que sejamos compreendidos.
Indaguemos de nós mesmos de quantos contratempos e desgostos nos livraríamos, se houvéssemos humanizado determinados gestos para com os nossos semelhantes e especialmente para com os mais íntimos participantes do nosso círculo doméstico nas horas de crise.
Os pais que censuramos, quando se desinteressam de nós; os filhos que se nos afastam da convivência, desconhecendo-nos o amor; os amigos que nos deixam embora as nossas súplicas para que não nos abandonem; os associados que não hesitaram, a nosso ver, em causar-nos prejuízos; os irmãos que nos sonegam apoio e que, segundo o nosso ponto de vista, estão em condições de nos atender…
Em todas essas situações, a caridade está pronta a mostrar-nos que não nos cabe exigir-lhes, nem mesmo em se tratando dos entes mais queridos, o que não nos podem doar e que, em muitas ocasiões, não nos comportaríamos de maneira diferente, se estivéssemos no lugar deles.
Louvemos as conquistas da inteligência que patrocinam o progresso, nas frentes da cultura, mas ampliemos, quanto possível, a nossa ideia de caridade do amparo material ao campo espiritual propriamente considerado e reconheceremos que a beneficência, em nosso relacionamento recíproco, é a única luz suscetível de nos conduzir ao clima do amor e à vitória da paz.
Emmanuel, do livro Convivência, psicografado por Chico Xavier
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