29 novembro 2020

A oração do justo


A oração do justo
Andorinha buscando as alturas - imagem da internet

“A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos”. - Tiago, 5: 16. 

Considerando as ondas do desejo, em sua força vital, todo impulso e todo anseio constituem também orações que partem da Natureza. 

O verme que se arrasta com dificuldade, no fundo está rogando recursos de locomoção mais fácil. 

A loba, acariciando o filhotinho, no imo do ser permanece implorando lições de amor que lhe modifiquem a expressão selvagem. 

O homem primitivo, adorando o trovão, nos recessos d'alma pede explicações da Divindade, de maneira a educar os impulsos da fé. 

Todas as necessidades do mundo, traduzidas no esforço dos seres viventes, valem por súplicas das criaturas ao Criador e Pai. 

Por isto mesmo, se o desejo do homem bom é mais uma prece, o propósito do homem mau ou desequilibrado é também uma rogativa. 

Ainda aqui, porém, temos a lei da densidade específica. 

Atira uma pedra ao vizinho e o projétil será imediatamente atraído para baixo. Deixa cair algumas gotas de perfume sobre a fronte de teu irmão e o aroma se espalhará na atmosfera. 

Liberta uma serpente e ela procurará uma toca. 

Solta uma andorinha e ela buscará a altura. 

Minerais, vegetais, animais e almas humanas estão pedindo habitualmente, e a Providência Divina através da Natureza, vive sempre respondendo. 

Há processos de solução demorada e respostas que levam séculos para descerem dos Céus à Terra. 

Mas de todas as orações que se elevam para o Alto, o apóstolo destaca a do homem justo como sendo revestida de intenso poder. 

É que a consciência reta, no ajustamento à Lei, já conquistou amizades e intercessões numerosas. 

Quem ajunta amigos, amontoa amor. Quem amontoa amor, acumula poder. 

Aprende, assim, a agir com justeza e bondade e teus rogos subirão sem entraves, amparados pelos veículos da simpatia e da gratidão, porque o justo, em verdade, onde estiver, é sempre um cooperador de Deus. 


Emmanuel, do livro A Luz da Oração, psicografado por Chico Xavier

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