Uma operação invisível

A doente dormia para acordar daí a minutos gritando emocionadíssima: Fui curada por um Velhinho vestido de branco...
Este Caso contou-nos o prezado Amigo e Irmão Manoel Epaminondas, residente em Três Rios, no Estado do Rio:
— Minha sobrinha Luzia achava-se atacada, há quase dois anos, de uma Sinusite Crônica, segundo o diagnóstico de seu médico assistente.
Em meados do ano passado, 1941, a doença agravou-se, complicando-se com velhas outras enfermidades. Seu Médico, depois de lançar mãos de todos os recursos de sua ciência, desenganou-a tanto mais que a operação, que lhe poderia salvar, era contraindicada, dada a sua fraqueza orgânica, que progredia diariamente.
Foi quando, à residência de minha irmã, que residia no Rio, nesta época, na qual estava minha sobrinha, chega uma senhora Espírita. Observa a doente desenganada e aconselha:
— Por que não levam a Luzia a um Grupo Espírita e não a tratam com o Espiritismo? Tenho a intuição de que ficará boa, tanto mais que a Medicina da Terra se mostra impotente para curá-la...
Minha irmã e meu cunhado são católicos, se bem sejam simpáticos à Doutrina Espírita. E ficaram indecisos...
Mais tarde, aparecem outras visitas e aconselham a terapêutica Espírita.
Dormiram, pois todos estavam apreensivos com as recomendações. Pela manhã minha irmã, meu cunhado e a própria doente contam seus sonhos. Eram idênticos.
Sonharam os três que o Dr. Bezerra de Menezes lhes havia aparecido e dito:
— O Caso é de operação. E, amanhã, no fim da tarde, às 18 horas, concentrem-se porque vou operá-la. Tenham fé em Jesus.
A perplexidade era geral. Então o caso era mesmo sério e haveria de dar bom resultado. Confiaram e esperaram. Neste ínterim, entra a senhora Espírita que, na véspera, os visitara e os aconselhara a procurar um Grupo Espírita e conta-lhes:
Esta noite, sonhei com a Luzia e o Dr. Bezerra. Ouvi, nitidamente, ele dizer que vai operá-la hoje à tarde...
Era demais. A comoção invadiu a todos. A Graça se lhes parecia além de seus merecimentos...
E, à tarde, às 18 horas, de acordo com as recomendações do Dr. Bezerra nos quatro sonhos concentraram-se. Oraram, com respeito e emoção. A doente foi colocada na cama. E esperaram todos, temerosos, apreensivos...
Daí em diante, a enferma dormia para acordar minutos depois gritando, emocionadíssima:
— Fui operada por um velhinho de branco, que aqui esteve, me fez dormir e, depois, senti que me operava, que abria minha testa e limpava... Despediu-se, abraçando-me e ouvi que dizia: Vão-lhe aparecer na testa algumas feridinhas, mas não se incomode. Depressa desaparecerão. E, depois, você ficará completamente curada. Dê graças a Deus! Eleve seu coração para Jesus, o Divino Médico do corpo e da alma que por intercessão de Maria Santíssima, permitiu a operação! E partiu...
Isto se deu, conclui nosso caro Amigo Epaminondas, há 17 anos e minha sobrinha Luzia se acha, hoje, completamente, curada. Tudo se realizou como o Dr. Bezerra lhe disse, pequenas feridas apareceram-lhe na testa. Depois, desapareceram como por encanto… 

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