Um lindo sonho

Sonhamos que nos achávamos num Laboratório rico de Luzes e de cores.
Estávamos deslumbrado com o que víamos, quando nos apareceram três senhores de capas douradas, simpáticos, que, reconhecendo-nos, nos cumprimentaram. Cada qual trazia à cabeça um círculo luminoso. Eram, dizia-nos alguém, o Dr. Bezerra de Menezes, o Padre Germano e o Professor Felisberto de Carvalho, já nossos conhecidos e que, sobremodo, mereciam nossa estima e admiração.
Deram-nos uma explicação circunstanciada sobre Aura e, depois, fizeram-nos percorrer várias salas, cada qual mais bela e cheias de aparelhos complicados.
Dali, levaram-nos para fora e vimo-nos, com eles, no Alto de pequena colina, donde erguiam-se colunas de um grande Templo branco, cuja escadaria frontal, graciosa e levemente inclinada, descia para um vargedo relvoso e verdejante.
Mostraram-nos, subindo-a, infinidade de vultos, — os discípulos de Cristo. Aqueles, diziam-nos, que sobem com túnicas brancas rotas, mas limpas, são os pregadores da Verdade cristã, que voltam vitoriosos da Terra.
Aqueles outros, vestindo túnicas brancas mas sujas e rasgadas, são os que mentiram nas suas atribuições, os falsos profetas, que comerciavam com a Doutrina do Divino Mestre.
E, assim, fizeram passar diante de nossos olhos de neófito e tímido candidato ao discipulado cristão uma falange de irmãos outros, cada qual simbolizando o papel que representavam na Terra.
Quando todos passaram, voltamos e nos vimos debaixo de uma grande árvore carregada de frutos de ouro. E perguntamos-lhe:
— Que Árvore é esta?!
— É a Árvore da Verdade, respondeu-nos o bondoso Dr. Bezerra de Menezes, e continuando: Meu irmão foi chamado à sua sombra para também por ela lutar, zelar pela sua florescência e frutificação.
Descemos por uma senda rica de verdura e luz.
Em baixo, um panorama indescritível se nos deparava e vimo-nos ao lado de uma criatura humilde, bela, cuidando de um grande Pomar. E lhe indagamos, encantado:
— De quem é isto?!
— É Nosso, respondeu-nos, sorrindo, o simpático pomicultor.
Visitamos, sem saber, um Planeta adiantado, cujos habitantes viviam felizes, um por todos e todos por um.

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