Perguntas sobre outros mundos

32. Qual o grau de confiança que podemos ter nas descrições dos Espíritos sobre os outros mundos?
–Isso depende do grau de adiantamento real dos Espíritos que dão essas descrições. Porque compreendeis que os Espíritos vulgares são tão incapazes de vos informar a respeito como um ignorante o seria entre vós, no tocante aos países da Terra. Formulais muitas vezes sobre esses mundos, questões científicas que esses Espíritos não podem resolver. Se são de boa fé, falam a respeito segundo as suas ideias pessoais. Se são levianos, divertem-se a vos dar descrições bizarras e fantásticas, tanto mais que esses Espíritos, tão imaginosos na erraticidade como na Terra, tiram da própria imaginação o relato de muitas coisas que nada têm de real. Entretanto, não acrediteis na impossibilidade absoluta de obter alguns esclarecimentos sobre esses mundos. Os Espíritos bons gostam mesmo de descrever aqueles que habitam, a fim de oferecer ensinamentos para vos melhorar e vos colocar no caminho que vos pode conduzir a eles. É uma maneira de concentrar as vossas ideias sobre o futuro e não vos deixar no vácuo.
(16) É o mesmo problema das descrições da vida espiritual: o objetivo é oferecer aos homens uma informação menos vaga que a das teologias, preparando-os melhor para o futuro a que ninguém escapa. (N. do T.)

–Como podemos controlar a exatidão dessas descrições?
–O melhor controle é a concordância que possa haver entre elas. Mas lembrai-vos de que elas têm por fim o vosso melhoramento moral. Por conseguinte, é sobre o estado moral dos habitantes que podeis ser melhor informados, e não sobre o estado físico ou geológico desses globos. Com os vossos conhecimentos atuais não poderíeis mesmo compreendê-lo. Esse estudo de nada serviria ao vosso progresso neste mundo e tereis toda a possibilidade de fazê-lo quando lá estiverdes.
(17) Aplica-se aqui o critério do “consenso universal”, que encontramos em O Livro dos Espíritos. A multiplicidade de testemunhos semelhantes, estranhos uns aos outros, tem uma validade provável. (N. do T.)

OBSERVAÇÃO – As perguntas sobre a constituição física e as condições astronômicas dos mundos entram no campo das pesquisas científicas, cujos trabalhos os Espíritos não podem poupar-nos. Do contrário, um astrônomo acharia muito cômodo mandar os Espíritos fazerem os seus cálculos, o que, sem dúvida, depois não confessaria. Se os Espíritos pudessem, pela revelação, poupar o trabalho de uma descoberta, provavelmente o fariam em favor de um sábio bastante modesto para abertamente reconhecer a fonte, e não em proveito dos orgulhosos que os renegam e aos quais, pelo contrário, muitas vezes reservam as decepções do amor-próprio.

(18) Há alguns exemplos do primeiro caso. Recentemente o médico, engenheiro eletrônico e parapsicólogo Andrija Puharich descobriu, por revelação mediúnica obtida em Nova Iorque, um novo alucinógeno extraído de um cogumelo. Puharich foi suficientemente honesto e modesto para relatar o caso, com pormenores, em seu livro “O Cogumelo Sagrado”. (N. do T.)

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