Outro Discípulo de Bezerra

Antônio Guerra Peixe, desencarnado, em Petrópolis, em 19 de janeiro de 1956, fora um Espírita sincero, estudioso, em dia com os Ensinos Santos de Nossa Doutrina.
Falava e exemplificava.
E aprendera com Bezerra de Menezes a orar com o coração, a servir, escondidamente, com amor.
Liderou, por longos anos até o dia de seu decesso, o Espiritismo sadio da Terra das Hortênsias e do Imperador Filósofo, entre seus inúmeros e dedicados companheiros de crença.
Era, por isto, estimadíssimo e ouvido com respeito e apreço, quando predicava.
Conhecemo-lo quando residíamos em Três Rios. E logo de instante, verificamos que éramos velhos amigos, de outras vidas, tanto nos igualávamos nos modos de entender, sentir e praticar a consoladora Doutrina dos Espíritos.
A seu convite, fôramos vários anos seguidos a Petrópolis, principalmente, no Dia das Mães, para falarmos aos seus e nossos queridos Confrades.
E voltávamos sempre encantados com a convivência amiga de Guerra Peixe.
Era, de fato, um modelo de Esposo, de Pai, de Amigo e de Irmão.
Em seu redor, viviam todos unidos e ligados à Causa de Jesus. Petrópolis, por isto mesmo, vive hoje, com seus Espíritas unidos, dando de si um testemunho tocante para todo o Brasil.
Dentre tantas qualidades por nós observadas no grande Amigo, ficou-nos esta como lembrança de sua beleza moral: não sabia falar mal de ninguém. Na sua conversação pausada, meditada, construtiva, elevada, não entrava a sombra da maledicência. Todo o assunto conversado era cristão, para ganhar, como ganhava, o clima das altitudes, as bênçãos de Jesus.
Por este motivo, ninguém tanto, como ele, soube distribuir, entre seu próximo, a Caridade Desconhecida, de que nos fala o Irmão X., e tão praticada por Bezerra de Menezes.
Aos que o procuravam, portadores de problemas dolorosos, Guerra Peixe os consolava, os esclarecia, apontando-lhes o Roteiro Salvador, o Livro da Vida e da nossa Redenção, os Ensinos medicamentosos do Amigo Celeste.
Ninguém espalhou tanto, entre seus numerosos Irmãos, as Flores do Coração, com os nomes de Bondade, Compreensão, Tolerância, Amor e Perdão.
Imitando Bezerra, contagiado dos seus exemplos, conseguiu, muitas vezes, visitar as Avenidas das Lágrimas, os morros da pobreza envergonhada, as alamedas dos doentes sem Deus, sofrendo provas cruciais e, sob o pretexto de lhes levar dinheiro, alimentos, roupas, medicamentos e livros, oferecia-lhes algo de si mesmo, nas vibrações de seus abraços e nas lágrimas sentidas de seu Coração.
Com a ajuda do Espírito bondoso do Médico dos Pobres, acendeu em seu Espírito um braseiro de fé, um Templo para Jesus!
Que o Divino Mestre o abençoe e permita que, agora, de mais Alto, continue multiplicando seus Talentos e ajudando os que aqui ficamos, a fim de que conquistemos a nossa Vitória moral como ele a conquistou, com Jesus, para Jesus e por Jesus!

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