O espírito de Bezerra de Menezes salva um desenganado pela medicina terrena
Um parente nosso, moço inteligente, caminhando pela estrada larga dos prazeres, sofreu um grave acidente...
É hospitalizado, às pressas.
Todos os recursos médicos lhe são aplicados.
O acidente lhe trouxera uma peritonite aguda, agravada com a existência de uma úlcera duodenal, que há anos o martirizava ...
Familiares e amigos recorrem à Prece. Pedem nossa humilde colaboração.
E, na sessão de nosso Centro, lhe colocamos o nome.
O Espírito do caroável Médico dos Pobres dá-nos uma pequena mensagem, em que nos afirma que vai interceder, realizar o que a Misericórdia Divina permitir.
E os médicos da Terra, sob a inspiração do Plano Espiritual, resolvem, naquela situação grave, realizar uma Colostomia, à espera de, com mais alguns meses, se sobrevivesse, completarem o trabalho com uma anastomose.
Sobreviveu o doente. E meses se passaram. De novo, se hospitalizou. Era preciso fazer-lhe a anastomose, isto é, a religação do intestino ao reto, à sua parte normal.
O doente vinha sofrendo uma vida martirizante. Moço, com um amplo convívio social, via-se obrigado a receber poucos amigos e mesmo assim os mais íntimos. Envergonhava-se, irritado, com seu estado físico.
Foi feita ao hospitalizado a anastomose. Completada a religação do intestino ao reto, aquele não funcionou, no espaço de tempo esperado. E os médicos sentiram-se desanimados...
Dias vieram e nada de melhoria. O doente, ardendo em febre, recebendo todos os cuidados, começou a piorar e acabou desenganado pela Medicina da Terra...
Num sábado, comunicaram-nos o seu estado desesperador.
Com a prezada esposa, comparecemos ao hospital. Eram 17 horas e meia, quando lá chegamos.
Num quarto separado, a sós com uma enfermeira espírita, nossa conhecida, o doente delirava...
Na antessala, alguns familiares e amigos. Nossa companheira sentou-se junto à mãe do doente e a consolava. Junto do pai, perto de uma janela, fizemos o mesmo.
O relógio do hospital marcou 18 horas. E fomos despertado para um dever: nossa sessão do culto do Evangelho, que fazemos, nesse horário e nesse dia da semana, há 37 anos.
Olhamos para a esposa e ela compreendeu. E entramos todos em concentração, em preparo da Prece intercessória, a favor de nosso parente desenganado.
Após a prece, feita em silêncio, entre nós apenas, lemos uma Mensagem do Espírito de Emmanuel, que havíamos, na véspera, com outras, recebido da Comunhão Espírita Cristã, de Uberaba.
Em seguida, rapidamente, escreveu o querido Espírito do Apóstolo Brasileiro, no verso da Mensagem:
“Por mercê da Virgem, vamos medicar o doente. Concentrem-se. E que a Lição nos medique a todos, inclusive nosso doente, se, por misericórdia da Mãe do Céu, reagir bem à nossa colaboração".
Lembrava-nos a Lição da Mensagem de Emmanuel, que nos advertia a todos para a hora grave que vivemos como trabalhadores da última hora, chamados todos ao reencontro de contas, ao apelo do Divino Mestre e para que, caminheiros da Estrada estreita, vivêssemos o Seu Evangelho na prática e no exemplo, se desejássemos ganhar a vitória da Vida Verdadeira na glória de Seu Discipulado de Amor!
Saindo do nosso colóquio, lemos para a esposa e demais presentes a Mensagem. E a companheira e a progenitora do doente, que antes oravam, diziam:
por mercê da Virgem, o nosso querido Dr. Bezerra vai salvar nosso doente; ao sentirem o teor dos conceitos do venerando Médico dos pobres, começaram a chorar, porque verificando que com o Nome da Virgem e pedindo-lhe Assistência, iniciara ele seu trabalho.
Daí a instantes, veio a enfermeira chamar-nos, jubilosa, chorando também:
— Venham todos, o doente salvou-se. O intestino funcionou. Chamou-me e disse:
“Estava dormindo e vi entrar no quarto um velhinho de barbas brancas, todo de vestes brancas, examinou-me, deu-me um passe e acordei sentindo-me curado e certo de que algo aconteceu comigo..."
Um ambiente de paz envolvente, um sentimento de gratidão sincero e humilde e algo inexplicável, vestiram o interior do hospital e os nossos espíritos, porque uma outra Prece foi feita e essa na voz do pranto e na música de corações suspensos e de um silêncio emocionante!