Não era Bezerra de Menezes

Antes de tomarmos posse do cargo, procuramos colocar em dia nosso expediente atrasado.
Nossos alunos também nos esperavam.
Um irmão que, vez por outra, nos visitava e nos dava passes, compareceu a nossa casa para nos dizer.
— O Dr. Bezerra de Menezes, que é o meu Guia efetivo, manda-lhe dizer para o Sr. não aceitar o cargo de Presidente do Grupo Espírita Fé e Esperança. Deve ficar apenas conosco, do nosso lado...
Ficamos aturdido...
Uma tristeza profunda vestia-nos o espírito.
O irmão compreendeu nossa tristeza, nossa surpresa e nossa incredulidade quanto ao recado e saiu...
Concentrado, ficamos por longo tempo.
Dentro de nós travava-se uma luta dolorosa: seria possível que Bezerra de Menezes, tão caritativo, tão fraternal, tão evangelizado, iria nos dar semelhante conselho...
E, pela primeira vez, sentimos os lados Falsos e Verdadeiros do Espiritismo, o trabalho destrutivo que certos médiuns, sem leitura e sem moral, fazem e podem fazer mundo afora... 
Não era Bezerra de Menezes, gritava-nos de bem Alto a voz amiga do Espírito do Padre Germano que, com o Kardec  Brasileiro, constituíram-se até hoje nossos Anjos, nossos Professores, nossos Amigos e Benfeitores.

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