Mudança de Caligrafia

219. Fenômeno muito comum entre os médiuns escreventes é o da mudança de caligrafia, segundo os Espíritos que se comunicam. E o mais notável é que a mesma caligrafia se repete sempre com o mesmo Espírito e às vezes é idêntica à que ele tinha em vida. Veremos mais tarde as consequências que se podem tirar disso, no tocante à identificação. Essa mudança só ocorre com os médiuns mecânicos e semimecânicos, porque neles o movimento da mão é involuntário e dirigido pelo Espírito. Não se dá o mesmo com os médiuns puramente intuitivos, pois nestes o Espírito age apenas sobre o pensamento e a mão é dirigida pela vontade do médium, como nas circunstâncias comuns.
Mas a uniformidade da escrita, mesmo num médium mecânico, nada prova absolutamente contra a sua faculdade, pois a mudança de caligrafia não é condição absoluta na manifestação dos Espíritos, mas decorre de uma aptidão especial, de que os médiuns mais decisivamente mecânicos nem sempre são dotados. Designamos os que a possuem por médiuns polígrafos.
(4) Os casos de reprodução mediúnica de caligrafia de mortos são numerosos e, como sempre, suscitaram hipóteses e explicações fantásticas dos negadores. Quanto mais dotado de conhecimentos científicos o negador, mais se empenha em “explicar” os casos a seu modo. No campo religioso dá-se o mesmo. O prof. e Rev. Otoniel Mota  relata em seu livro “Temas Espirituais” um caso de comunicação escrita recebida pelo Dr. Felício dos Santos (“que por algum tempo se entregou à prática do Espiritismo, mas morreu católico praticante”) nesta capital. O Espírito comunicante havia sido professor e amigo do autor, que identificou a caligrafia do mestre, embora explicando que se tratava do Demônio. (“Temas Espirituais”, Imprensa Metodista, São Paulo, 1945.) – (N. do T.)

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