Mãe Ritinha e Bezerra
D. Rita Cerqueira, que fora Presidente do Grupo Espírita Fé e Esperança, que lhe assistiu à fundação, que lhe criara a Maternidade, de que fora Diretora, dirigiu também, por vários anos até desencarnar, o Lar Manoel de Campos, dependência valiosa daquele Grupo.
Conhecemos, por ela, Lindos Casos do Apóstolo Espírita Brasileiro.
Problemas difíceis, partos complicados, com uma Prece a Jesus, através do auxílio de Bezerra, eram solucionados como por milagres. Já no fim da vida, com as pernas inchadas, com o coração cansado de tanto bater-se pela dor de seu próximo, ainda atendia às súplicas de irmãos, que lhe batiam à porta chamando-a para assistir um doente grave ou para salvar algum lar, que se achava na iminência de esboroar-se, vítima da incompreensão de seus responsáveis...
Numa tarde, visitou-a inesperadamente o querido Médico, tão caritativo, tão nobre, que fazia e faz da Medicina um Sacerdócio, Dr. Evaldo Silveira.
Abraça-a com ternura e lhe mede a pressão e a encontra já na casa dos 25.
Surpreende-se o bondoso facultativo e lhe aconselha repouso e dieta.
Despede-se e sai, apreensivo.
No dia seguinte, à tarde, nova visita e nova medida da pressão. Surpreende-se ao vê-la com 18, normal para sua idade e para seu físico extenuado com as lutas redentoras e lhe pergunta meio surpreso:
— Que houve, Mãe Ritinha, de ontem para cá, com a sua pressão, que medicamento tomou, que lhe aconteceu para justificar tamanha melhora?!
— Apenas isto, Dr. Evaldo, trabalho do Senhor! Quando me sinto doente, desanimada, com a pressão alta, por intermédio deste Anjo, que é o Dr. Bezerra de Menezes, peço trabalho a Jesus e o trabalho aparece, visito e consolo enfermos, esclareço consciências atormentadas, dou e recebo, alegro e sou alegrada, beneficio e sou beneficiada, possibilito melhora para corpos e almas de meu próximo e sou melhorada no corpo e na alma.
O Dr. Evaldo, enternecido, abraça-a envolventemente, admirando de Mãe Ritinha a crença, o trabalho e a abnegação. E parte.
Anos depois, encontrando-se conosco, no Rio, quando Mãe Ritinha já havia desencarnado, e quando lhe trazíamos, à tona o nome abençoado desse Anjo, disse-nos:
—Nunca vi uma criatura igual com um corpo tão doente realizar obra tão grande, tão meritória, tão cristã!
Graças a Deus, lhe confirmamos o asserto feliz!