Busque o remédio na sua crença
Estávamos com cinco sobrinhos em casa, passando suas férias escolares. Nossos filhos, alegres com o novo bando de amigos, viviam seus momentos de completa felicidade. À noite, não sabíamos como colocá-los num só quarto. E tivemos que dividi-los, colocando Ramirinho com mais dois na sala de visitas.
Estávamos no mês de dezembro, em que os escorpiões apareciam com mais frequência e mais venenosos...
Alta madrugada, fomos acordados com os gritos do Ramirinho. Fomos vê-lo. Contorcia-se com dores numa das pernas. E segurava algo, na calça, à altura dos quadris. Depressa, seguramos-lhe às mãos e pegamos aquele algo, amassando-o. Era um enorme escorpião, que havia mordido nosso filho em vários lugares da perna esquerda.
Começou ele a vomitar e a gritar de dores. Chamamos nosso médico. Examinou-o e considerou gravíssimo o estado do Ramirinho, tanto mais que, dizia-nos, não havia ali, em Três Rios, em nenhuma Farmácia, o contraveneno para escorpiões. Somente em Petrópolis seria o mesmo encontrado. E quando viesse, pelo trem das 11 horas da manhã, já não seria necessário... Que buscássemos o remédio em nossa crença...
E partiu, tendo, antes, receitado um paliativo qualquer.
Chamamos ao quarto nosso pai e a esposa. Providenciamos um copo com água.
E, entre lágrimas, na linguagem do coração e do desespero, oramos à Virgem, pedindo-Lhe permitisse ao nosso caroável Dr. Bezerra medicasse nosso filho, considerado perdido pela medicina da Terra. Depois da Prece, demos-lhe o passe.
E, à proporção que o fazíamos, nossa companheira, mais esperançada, viu que era o Espírito amigo do Dr. Bezerra que, por nós, dava o passe no Ramirinho.
A água fluidificada parecia possuir gaseificação e uma cor amarelada. Demo-la, incontinente, ao filho, de 15 em 15 minutos. Eram 5 horas da manhã. Ficamos 3 horas naquele afã, de corações suspensos. Ás 6 horas, com a camisa molhada e toda amarela, fazendo-nos crer que o veneno do escorpião lhe saía pelo suor, o doente parou de vomitar e caiu, em seguida, num sono profundo.
Lá pelas 8 horas, acordou e pediu café. Neste instante, nosso médico penetrava em nosso quarto. A surpresa era geral, do médico e nossa. Nosso filho estava salvo. Salvo pelo amor de Maria Santíssima, que permitiu fosse o abnegado Espírito de Bezerra de Menezes o portador da sua Graça.
E o buscamos na nossa crença, como nos havia aconselhado o médico. E oramos para o Alto: Louvado seja, hoje e sempre, o nome de Maria Santíssima! E abençoado seja o Espírito de Bezerra de Menezes!