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Mostrando postagens de outubro, 2025

Assim Será

A Verdade imperará no mundo. O Amor será exaltado entre as maiores virtudes. A Justiça vencerá, por fim. A Dor haverá cumprido a missão de educar. O Bem ditará as normas da vida. A Fraternidade unirá os povos. A Paz alicerçará o progresso geral. A Alegria purificará as emoções. O Perdão nascerá espontâneo. A Natureza não mais sofrerá violência. Assim será quando, afinal, o Evangelho de Jesus triunfar nos corações, ensinando-nos a viver no Reino de Deus. Espírito Irmão José, do livro Juntos venceremos, psicografado por Chico Xavier.

O livro

O livro é o bom companheiro Que me educa, que me alerta, A todo instante é o roteiro Que me traça a estrada certa. É um amigo que me ampara Com cuidado, com carinho. A sua linguagem clara Tudo explica, de mansinho. É sempre calmo e bondoso, Não tem gritos, não tem ralhos, Ajuda-me sem repouso Em todos os meus trabalhos. Auxilia-me, sozinha, Em lições lindas e boas, A cuidar de meu caminho E a respeitar as pessoas. Sem qualquer alteração. Ele que sabe de cor, Ajuda-me o coração Para ser sempre melhor. Menino que não procura Um livro para aprender, É vadio sem leitura Fugindo de seu dever. Espírito João de Deus, do livro Jardim da infância, psicografado por Chico Xavier.  

No mundo íntimo

Em todos os problemas que se reportam à construção e à produção, nos círculos da natureza exterior, surpreendemos recursos drásticos na base das equações necessárias.  É o atrito, na direção do progresso, esmerilando, moldando, corrigindo, aperfeiçoando…   O solo, na plantação, tolera o corte do arado a lanhar-lhe o corpo submisso.  O fruto amadurecido recebe a pancada do segador, no dia da ceifa, de modo a transformar-se em pão que sustente a mesa.  Antes que o asfalto complemente a segurança da estrada, é preciso que a terra suporte os ataques da picareta.  Para que a pedra venha do serro bruto ao trabalho do homem, quase sempre, sofre a ação do explosivo controlado.  O minério, a fim de elevar-se ao nível da indústria, encontra o forno de alta tensão.  O mármore, candidato à obra-prima, submete-se à pressão do cinzel.  A planta para derramar a seiva nutriente ou curativa, sujeita-se aos golpes do incisor.  Na cirurgia o órgão doente, ...

Ajuda-te

Rogando amparo ao Senhor, não olvides a prestação de amparo a ti mesmo.  Deus confere ao lavrador a luz do sol, a bênção da chuva e o fator do vento, mas não lhe dispensa o próprio suor, no trato da sementeira, para que a colheita lhe surja às mãos por recurso divino.  Concede ao artista o mármore bruto, o buril e a inspiração generosa; entretanto, não o exonera do próprio labor na consecução da obra-prima.  Pedirás o concurso do Céu em teu benefício; entretanto, de que valeria a bênção do Alto, se te consagras, deliberadamente, ao menosprezo da própria vida?  O médico mais competente nada conseguirá na assistência ao enfermo que não deseja curar-se e o professor mais exímio nada alcançará do aluno que foge sistematicamente à lição.  Não basta rogar alguém auxílio para que se veja auxiliado com segurança. É imprescindível o senso de responsabilidade de viver para que as vantagens da existência nos engrandeçam o espírito.  A oração será sempre o desejo expre...

Hino do repouso

Rasgaram-se os véus da noite… Novo dia resplandece. Viajor, descansa em prece Ao lado da própria cruz. No firmamento dourado Rebrilha a aurora divina, Porque a morte descortina Vida nova com Jesus. Esquece a aflição do mundo! No seio da crença, olvida Todas as sombras da vida, Todo sonho enganador… Sob a bênção da alegria, Na esperança que te veste, És a andorinha celeste Voltando ao ninho de amor. Repete, agora conosco _ “Bendita a dor santa e pura Que me deu tanta amargura E tanta consolação”. E orando, em paz, no repouso, De alma robusta e contente, Agradece alegremente A própria libertação. Descansa! Que além da sombra, Outra alvorada te espera! Abençoa a nova esfera A que o Senhor nos conduz. Dela terás, muito em breve, Todo o júbilo que vazas, Desdobrando as próprias asas No Reino da Eterna luz! Hino ouvido pelo médium Francisco Cândido Xavier, junto ao leito de morte da Senhora Maria Pena Xavier, no momento de sua desencarnação, na noite de 10.03.49, em Pedro Leopoldo. O hino er...

Recordações do Padre Germano

Formosas recordações das noites de minha aldeia longínqua!… Ainda hoje, revolvo a cinza dos séculos para buscar as tuas lembranças, que me envolvem a alma de encantamento e poesia! Noites de primavera, de luar alvíssimo, em que eu rociava com o meu pranto as flores do jardim modesto do presbitério, quando confiava a Deus as minhas orações de sacerdote católico, alma exilada dentro da vida, ramo fenecido nos vergéis ditosos dos homens da Terra. Dolorosas meditações, em que meu coração, ávido de carinho e de afeto, interrogava a abóbada celeste sobre os porquês do seu magoado destino. Porque o sacerdote não poderia amar como as outras criaturas? Porque todos possuiriam a ventura de um lar ridente, onde brilhassem os sorrisos da esposa e o amor dos filhos, e o homem que se consagrasse aos labores da igreja haveria de viver isolado, quando o seu coração desejava viver? Chorava, então, copiosamente, ouvindo no silêncio das flores e das estrelas, vozes apagadas que apenas ecoavam no íntimo d...

Chico e Emmanuel

Assim falava-nos o Chico naquela noite, em que mais uma vez tínhamos a felicidade de estar perto dele. — Em 1987 estava me recuperando de uma pneumonia muito forte, que me deixou muitas sequelas e diversas infecções do trato renal. Comecei então, a pensar como é que eu ia fazer para trabalhar. Nisso me apareceu o Espírito de Emmanuel e eu disse: — O senhor imagina que eu agora estou com setenta e sete anos. Já me sinto muito velho e desgastado pela própria idade física. O senhor acha que, apesar da idade, vou poder continuar trabalhando mediunicamente e em especial na tarefa do livro? Ele, então, me respondeu: — Eu considero você como uma pessoa humana, a quem muito estimo, mas vamos imaginar que você é um burro que envelheceu puxando a carroça de entrega de cartas com mensagens, em nome de nossa fé em Jesus Cristo. Na condição do burro, você está realmente em grande desgaste, mas continuando o seu tratamento com os remédios humanos, faremos também por você o que pudermos, a fim de aju...

Aflições

Os aflitos classificam-se em variadas expressões. Temos aqueles que choram por se sentirem inibidos para a extensão do mal…  Há quem se torture por não conseguir vingar-se. Existem os que se declaram infelizes com a prosperidade do próximo e se enfurecem com a impossibilidade de lhes ultrapassar o progresso econômico ou espiritual. Aparecem aqueles que se afirmam desditosos por não poderem competir com o luxo de quem se confia à extravagância e à loucura.  Surgem muitos em lágrimas de inveja e despeito, à frente dos vizinhos, interessados na educação e na melhoria da vida. Há quem se revolte contra as bênçãos do trabalho e vocifera em desfavor da ordem que lhe assegura as vantagens da disciplina. Muitos exibem chagas de inconformação, ante o sofrimento que eles próprios improvisaram. Há infinitos gêneros de aflição no vasto caminho da vida. E, por isso, nem todos os aflitos podem ser aquinhoados com a glória da bem-aventurança. A palavra do Cristo se dirige àqueles que fizeram...

Na grande romagem

“Pela fé, Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia.” – Paulo. (Hebreus, 11:8.) Pela fé, o aprendiz do Evangelho é chamado, como Abraão, à sublime herança que lhe é destinada. A conscrição atinge a todos. O grande patriarca hebreu saiu sem saber para onde ia…  E nós, por nossa vez, devemos erguer o coração e partir igualmente. Ignoramos as estações de contacto na romagem enorme, mas estamos informados de que o nosso objetivo é Cristo Jesus. Quantas vezes seremos constrangidos a pisar sobre espinheiros da calúnia? Quantas vezes transitaremos pelo trilho escabroso da incompreensão? Quantos aguaceiros de lágrimas nos alcançarão o espírito? Quantas nuvens estarão interpostas, entre o nosso pensamento e o Céu, em largos trechos da senda? Insolúvel a resposta. Importa, contudo, marchar sempre, no caminho interior da própria redenção, sem esmorecimento. Hoje, é o suor intensivo; amanhã, é a responsabilidade; depois...

Recado de companheiro

Nas estradas em que palmilhas, eu também já palmilhei…  Pelos caminhos em que vais, eu também já fui…  Nas experiências que vives, eu também já vivi…  Pelos abismos que atravessas, eu também já atravessei…  Nas dores em que sofres, eu também já sofri…  Pelas quedas em que te feres, eu também já me feri…  Aceita, portanto, meu irmão, esse recado singelo de quem tem aprendido a levantar de tanto tropeçar nas experiências da vida: Abre o teu coração e entrega-te a Jesus. Espírito Irmão José, do livro Fé, psicografado por Carlos A. Bacelli.  

Paz e luta

Muitas vezes, a pretexto de servir a Jesus, fugimos para a sombra quieta do claustro, abandonando a luta em que o Mestre espera de nós a colaboração salutar. Mal nos sabe a escolha, porque, em semelhante contemplação, cultivamos a inutilidade e acordamos, ao clarim da morte, na condição do pássaro de asas entorpecidas. Diz-se que é preciso aborrecer o pecado, buscando o recanto silencioso da virtude improdutiva e anestesiante, sem o que não abominaremos Satanás e as suas obras. Não traduzirá, porém, essa atitude ruinoso descaso para com o mundo e para com as almas que o Senhor nos confiou aos cuidados e salvaguarda? Fora preciso que o amor não passasse de escura mentira, para crermos em nossa salvação exclusiva, com deplorável esquecimento dos outros. Um soluço de criança na Terra destruiria o Céu que a teologia comum criou para atender, em caráter provisório, as nossas indagações. O clima de contrastes em que a inteligência da criatura se alarga e evolve, propiciando-lhe dificuldades ...

Trecho de conversa

—A propósito da divulgação da doutrina Espírita – disse-nos, ainda agora, Samuel de Cirene, velho amigo da cultura israelita –, recordarei singelo acontecimento que os séculos apagaram…   E contou:  —Certa feita, nos primeiros tempos do Cristianismo, a peste devorava grande extensão da Capadócia e da Galácia, reduzindo industriosas populações ao desespero. Depois da doença fulminativa, veio a fome e, com a fome, surgiram tristeza e penúria, aflição e abandono…   Largos movimentos de solidariedade se improvisaram, aqui e ali, para socorro às vítimas, e o apelo à generosidade pública alcançou Antioquia, onde um grupo de cristãos abnegados se entregou ao apostolado do auxílio. Em dias rápidos, numerosas famílias se despojaram de utilidades diversas, enquanto corações generosos ofereciam recursos financeiros, em favor dos desamparados.  Tamanho foi o montante das preciosidades, que seis barcos, de um porto da Selêucia, partiram repletos. A viagem começou entre ...