08 julho 2022

Na luz da justiça / In the light of justice


A justiça humana, conquanto respeitável, frequentemente julga os fatos que considera puníveis pelos derradeiros lances de superfície, mas a Justiça Divina observa todas as ocorrências, desde os menores impulsos que lhes deram começo.
Identificaste os culpados pelas tragédias, minuciosamente descritas na imprensa; no entanto, muitas vezes tudo ignoras acerca das inteligências que as urdiram na sombra.
Viste pais e mães, aparentemente felizes e vigorosos, tombarem na desencarnação prematura, minados por sofrimentos indefiníveis, mas não enxergaste os filhos inconsequentes que lhes exauriram as forças.
Anotaste os companheiros que desertaram da construção espiritual, censurando-lhes o esmorecimento e o recuo; todavia, não te apercebeste dos amigos levianos que lhes exterminaram a tenra sementeira de luz, no apontamento escarnecedor.
Reprovaste os que se renderam à perturbação e à loucura, estranhando-lhes a suposta fraqueza; entretanto, não chegaste a conhecer os verdugos risonhos, do campo social e doméstico, que os ficharam no cadastro do manicômio.
Acusaste os irmãos que caíram em desdita e falência, classificando-os na lista dos celerados; contudo, nem de leve assinalaste a presença daqueles que os sitiaram no beco da aflição sem remédio.
Não queremos, com isso, consagrar o regime da irresponsabilidade.
Todos respiramos, no Universo, ante a luz da Justiça.
O autor de uma falta, naturalmente responderá por ela.
Nos tribunais da imortalidade, cada espírito devedor resgata as suas próprias contas. No entanto, em todas as circunstâncias, saibamos semear o bem, esparzir o bem, sustentar o bem e cooperar para o bem, de vez que as nossas ações provocam nos outros ações semelhantes, e, se aquele que faz o mal é passível de pena, aquele que organiza o mal conscientemente sofrerá pena maior.

Espírito Emmanuel, do livro Justiça Divina, psicografado por Chico Xavier.


In the light of justice

Human justice, while respectable, often judges the facts that it considers punishable by the last surface moves, but Divine Justice observes all occurrences, from the smallest impulses that started them.
You identified the culprits for the tragedies, thoroughly described in the press; however, you are often ignorant of the intelligences that wove them in the shadows.
You saw fathers and mothers, apparently happy and vigorous, fall into premature disincarnation, undermined by indefinable sufferings, but you did not see the inconsequential children who exhausted their strength.
You wrote down the companions who deserted the spiritual construction, reproaching them for weakening and retreating; however, you did not notice the frivolous friends who exterminated their tender sowing of light, in the mocking note.
You reproved those who surrendered to disturbance and madness, finding their supposed weakness strange; however, you didn't get to know the laughing executioners, from the social and domestic fields, who registered them in the asylum's register.
You accused the brethren who fell into disgrace and bankruptcy, placing them on the list of scoundrels; yet you did not even lightly signal the presence of those who besieged them in the alley of hopeless affliction.
By doing so, we do not want to enshrine the regime of irresponsibility.
We all breathe, in the Universe, before the light of Justice.
The author of a fault will naturally answer for it.
In the courts of immortality, each debtor spirit redeems its own accounts. However, in all circumstances, let us know how to sow good, spread good, sustain good and cooperate for good, since our actions provoke similar actions in others, and if the one who does evil is punishable , he who organizes evil consciously will suffer greater punishment.

Emmanuel Spirit, from the book Divine Justice, psychographed by Chico Xavier.

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