Na hora da queda
Quando a máquina apresentou desajustes, o operário não lhe derriçou o martelo.
Consertou-a.
Quando a embarcação mostrou brecha perigosa, o timoneiro não se lembrou de afundá-la.
Socorreu-a.
Quando a plantação foi invadida de praga, o cultivador não a largou em abandono.
Ofereceu-lhe recursos à defensiva.
Quando o fogo lavrou o aposento, o chefe do lar não espalhou gasolina para que se completasse a destruição do edifício.
Mobilizou extintores de incêndio.
Se o aprendiz tropeça no estudo, o professor não o expulsa da escola.
Desdobra-se, nos processos de emenda.
Se o acidentado exibe mutilações, o médico não lhe sacrifica o resto do corpo.
Dá-lhe o apoio possível.
Isso acontece na esfera das ações comuns.
Recorda a importância de nossa atitude no campo do espírito.
Se te reconheces por irmão do próximo, ao sabê-lo caído em falta, não lhe agraves o sofrimento atirando-lhe golpes de sarcasmo ou farpas de censura.
Amparemo-lo para que se levante, qual se o erro nos pertencesse.
Isso porque precisamos considerar que, numa casa de devedores, qual a Terra, em que respiramos e agimos à procura de libertação e melhoria, burilamento e evolução, todos temos, encarnados e desencarnados, contas a solver e compromissos a resgatar.
Em matéria de auxílio, se hoje é para nós o dia de dar, amanhã, provavelmente, se nos fará o dia de receber.
Espírito Emmanuel, do Livro Tocando o Barco, psicografado por Chico Xavier.
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