10 junho 2025

Na intimidade doméstica


A história do bom samaritano, repetidamente estudada, oferece conclusões sempre novas. 
O viajante compassivo encontra o ferido anônimo na estrada. 
Não hesita em auxiliá-lo. 
Estende-lhe as mãos. 
Pensa-lhe as feridas. 
Recolhe-o nos braços sem qualquer ideia de preconceito. 
Condu-lo ao albergue mais próximo. 
Garante-lhe a pousada. 
Olvida conveniências e permanece junto dele, enquanto necessário. 
Abstém se de indagações. 
Parte ao encontro do dever, assegurando-lhe a assistência com os recursos da própria bolsa, sem prescrever-lhe obrigações. 
 
Jesus transmitiu-nos à parábola, ensinando-nos o exercício de caridade real, mas, até agora, transcorridos quase dois milênios, aplicamo-la, via, de regra, às pessoas que não nos comungam o quadro particular.
Quase sempre, todavia, temos os caídos do reduto doméstico.  
Não descem de Jerusalém para Jericó, más tombam da fé para a desilusão e da alegria para dor, espoliados nas melhores esperanças, em rudes experiências. 
Quantas vezes, surpreendemos as vítimas da obsessão e do erro, da tristeza e da provação, dentro de casa! 
Julgamos, assim, que a parábola do bom Samaritano produzirá também efeitos admiráveis, toda vez que nos decidirmos a usá-la, na vida íntima, compreendendo e auxiliando aos vizinhos e companheiros, parentes e amigos sem nada exigir e sem nada perguntar. 

Espírito Emmanuel, do livro Luz no lar, psicografado por Chico Xavier.

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