O sol e a neblina
Enquanto se desfazia
A neblina da manhã,
A pequena Carolina
Ouviu a voz da mamã.
Falava Dona Cacilda
Com desvelos maternais;
Existem no sol, filhinha,
ensinos celestiais.
Não vias o véu da noite
Na estrada brumosa e fria?
Entretanto, a grande sombra
Foge, agora, em correria.
Todo o campo transformou-se
No milagre dum momento,
Bastando que o sol brilhasse
No lençol do firmamento.
E enquanto a pausa materna
Se fazia demorada,
A menina carinhosa
Perguntou, interessada:
“Onde os ensinos, mamã?
Quero ouvi-los, quero tê-los!”
Respondeu a mãe bondosa,
Afagando-lhe os cabelos:
“Medita apenas num deles,
Muito simples, mas profundo…
A mentira, minha filha,
É a neblina deste mundo.
Mas os seus véus de ilusão
Só perturbam a existência,
Até que o Sol da Verdade
Ressurja na Consciência”.
Espírito João de Deus, do livro Coletâneas do Além, psicografado por Chico Xavier.
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