22 julho 2022

Velho argumento / Old argument


“E aduzindo ele isto em sua defesa, disse Festo em alta voz: – Estás louco, Paulo; as muitas letras te fazem delirar.” – (Atos, 26:24.)

É muito comum lançarem aos discípulos do Evangelho a falsa acusação de loucos, que lhes é imputada pelos círculos cientificistas do século.
O argumento é velhíssimo por parte de quantos pretendem fugir à verdade, complacentes com os próprios erros.
Há trabalhadores que perdem valioso tempo, lamentando que a multidão os classifique como desequilibrados. Isto não constitui razão para contendas estéreis.
Muitas vezes, o próprio Mestre foi interpretado por demente e os apóstolos não receberam outra definição.
Numa das últimas defesas, vemos o valoroso amigo da gentilidade, ante a Corte Provincial de Cesareia, proclamando as verdades imortais de Cristo Jesus. A assembleia toca-se de imenso assombro. Aquela palavra franca e nobre estarrece os ouvintes. É aí que Pórcio Festo, na qualidade de chefe dos convidados, delibera quebrar a vibração de espanto que domina o ambiente. Antes, porém, de fazê-lo, o argucioso romano considerou que seria preciso justificar-se em bases sólidas. Como acusar, no entanto, o grande convertido de Damasco, se ele, Festo, lhe conhecia o caráter íntegro, a sincera humildade, a paciência sublime e o ardoroso espírito de sacrifício? Lembra-se, então, das “muitas letras” e Paulo é chamado louco pela ciência divina de que dava testemunho.
Recorda, pois, o abnegado batalhador e não dispenses apreço às falsas considerações de quantos te provoquem ao abandono da verdade. O mal é incompatível com o bem e por “poucas letras” ou por “muitas”, desde que te alistes entre os aprendizes de Jesus, não te faltará o mundo inferior com o sarcasmo e a perseguição.

Espírito Emmanuel, do livro Pão Nosso, psicografado por Chico Xavier.


Old argument

“And when he added this in his defence, Festus said in a loud voice: – You are mad, Paul; the many lyrics make you delirious.” — (Acts, 26:24.)

It is very common to cast the false accusation of madmen on the disciples of the Gospel, which is attributed to them by the scientific circles of the century.
The argument is very old on the part of those who want to evade the truth, complacent with their own mistakes.
There are workers who waste valuable time, regretting that the crowd classifies them as unbalanced. This is no reason for sterile strife.
Many times the Master himself was interpreted as demented and the apostles were not given any other definition.
In one of the last defenses, we see the valiant friend of gentility, before the Provincial Court of Caesarea, proclaiming the immortal truths of Christ Jesus. The assembly is touched with immense astonishment. That frank and noble word astounds the listeners. This is where Porcius Festus, as head of the guests, decides to break the vibration of amazement that dominates the environment. Before doing so, however, the shrewd Roman considered that it would be necessary to justify himself on solid grounds. But how can the great convert of Damascus be blamed, if he, Festus, knew his character of integrity, his sincere humility, his sublime patience, and his ardent spirit of sacrifice? He remembers, then, the “many letters” and Paul is called mad by the divine science to which he bore witness.
He remembers, therefore, the self-sacrificing fighter and do not show appreciation to the false considerations of those who provoke you to abandon the truth. Evil is incompatible with good and for "few letters" or "many", as long as you enlist among Jesus' apprentices, you will not lack the underworld with sarcasm and persecution.

Spirit Emmanuel, from the book Pão Nosso, psychographed by Chico Xavier.

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