29 abril 2022

Para viver melhor / To live better


A importância do perdão, de modo geral, ainda não foi claramente compreendida pelos companheiros domiciliados no Plano Físico.

O espírito, em estágio na Terra, é um inquilino do corpo em que reside transitoriamente.
Imaginemos o usufrutuário da moradia a martelar estruturas da sua própria casa, em momentos de revolta e azedume.
Quanto mais repetidos os acessos de amargura e ressentimento, mais ampla a depredação em prejuízo próprio.
Esse é o quadro exato da criatura, habituada às reações negativas, nos instantes de prova ou desagrado.
Daí nascem muitas das moléstias obscuras, diagnosticáveis ou não, agravando as condições do veículo físico, já de si mesmo frágil e vulnerável, embora maravilhosamente constituído.

Se tens mágoa contra alguém, observa que esse alguém não terá agido com os teus conceitos e pensamentos.

O amor nos vinculará sempre a determinado grupo de pessoas, entretanto, em nosso próprio benefício, amemo-las, tais quais são, sem exigir que nos amem, sob pena de cairmos frequentemente em desequilíbrio e abatimento.
Doemos alma e coração aos seres queridos, sem escravizá-los a nós e sem nos escravizarmos a eles.
Por muito se nos enlacem no mundo físico, sob as teias da consanguinidade, saibamos deixá-los libertos de nós, a fim de serem o que desejam, na certeza de que a escola da experiência não funciona inutilmente.

A criança é responsabilidade nossa e responderemos, ante as leis da vida, pela proteção ou pelo abandono que estejamos devotando aos pequeninos confiados à nossa tutela temporária.
Os adultos, porém, são donos dos próprios atos e, não será justo chamar a nós, a consequências das empresas a que se adaptem ou dos caminhos que escolham, tanto quanto não seria razoável, atribuir a eles os resultados de nossas próprias ações.

Perdão e tolerância são alavancas de sustentação da nossa paz íntima.

Desculpar faltas e agravos será libertar-nos de choques e golpes que vibraríamos sobre nós mesmos, criando em nós e para nós, dilapidações e doenças de resultados imprevisíveis.

Ensinou-nos o Cristo: – “Perdoa não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes”.
Isso, na essência, quer dizer que não somente nos cabe esquecer as ofensas recebidas em proveito próprio, mas também significa que seria ilógico disputar atenção e carinho daqueles que porventura nos agridam, já compromissados, por eles mesmos, nas equações infelizes das atitudes a que se afeiçoem.
Em suma, para quem quiser na Terra trabalhar e progredir com mais saúde e paz, alegria e segurança, vale a pena perdoar constantemente para viver sempre melhor.

Espírito Emmanuel, do livro Amigo psicografado por Chico Xavier.


To live better

The importance of forgiveness, in general, has not yet been clearly understood by companions domiciled in the Physical Plane.

The spirit, in its stage on Earth, is a tenant of the body in which it temporarily resides.
Let's imagine the usufructuary of the house hammering structures of his own house, in moments of revolt and bitterness.
The more repeated the bouts of bitterness and resentment, the wider the depredation to their own detriment.
This is the exact picture of the creature, accustomed to negative reactions, in moments of trial or displeasure.
Hence many obscure diseases, diagnosable or not, are born, aggravating the conditions of the physical vehicle, already fragile and vulnerable, although wonderfully constituted.

If you have a grudge against someone, note that that someone will not have acted with your concepts and thoughts.

Love will always link us to a certain group of people, however, for our own benefit, let us love them, as they are, without demanding that they love us, otherwise we will often fall into imbalance and depression.
Let us give soul and heart to loved ones, without enslaving them to us and without enslaving ourselves to them.
No matter how much they link us in the physical world, under the webs of consanguinity, let us know how to let them free from us, in order to be what they want, in the certainty that the school of experience does not work in vain.

The child is our responsibility and we will respond, before the laws of life, for the protection or abandonment that we are devoting to the little ones entrusted to our temporary guardianship.
Adults, however, are masters of their own actions, and it would not be fair to call us the consequences of the companies they adapt to or the paths they choose, as much as it would be unreasonable to attribute to them the results of our own actions.

Forgiveness and tolerance are levers for sustaining our inner peace.

Excusing faults and grievances will be freeing ourselves from shocks and blows that would vibrate on ourselves, creating in us and for us, dilapidations and diseases with unpredictable results.

Christ taught us: – “Forgive not seven times, but seventy times seven”.
This, in essence, means that it is not only up to us to forget the offenses received for our own benefit, but also means that it would be illogical to dispute the attention and affection of those who may harm us, already committed, by themselves, in the unfortunate equations of the attitudes to which get attached.
In short, for those who want to work and progress on Earth with more health and peace, joy and security, it is worth constantly forgiving in order to live always better.

Emmanuel Spirit, from the book Amigo psychographed by Chico Xavier.

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