01 fevereiro 2022

Sempre Amor


Torno, ansioso, da morte à casa que deixara…  
Os meus, o lar, o amor…  Eis tudo o que ambiciono,
Entro. Lá fora, o parque, a tristeza, o abandono…  
Mormaço, plenilúnio, o vento, a noite clara…  

Debalde grito, corro, observo, inspeciono…  
Subo. Um morcego ronda pequena almenara…  
Nada. Ninguém me espera. A vida desertara.
Tudo silêncio e pó de tapera sem dono…  

Sofro desilusão que o mundo não descreve,
Mas alguém abre a porta e me chama, de leve…  
Fito pobre mulher…  Na face, o olhar sem brilho…  

Conheço-a!…  Minha mãe!…  Quanta saudade, quanta!…  
Vem lembrar-me a rezar…  Beijo-lhe as mãos de santa!…  
Ela chora e repete: “Ah! Meu filho! Meu filho!…  

Espírito Jorge Matos, do livro Luz no Lar, psicografado por Chico Xavier
 

0 Comments:

Postar um comentário