16 fevereiro 2022

A Coroa


“E vestiram-no de púrpura, e tecendo uma coroa de espinhos, lha puseram na cabeça.” — Marcos 15: 17.

Quase incrível o grau de invigilância da maioria dos discípulos do Evangelho, na atualidade, ansiosos pela coroa dos triunfos mundanos.
Desde longo tempo, as Igrejas do Cristianismo deturpado se comprazem nos grandes espetáculos, através de enormes demonstrações de força política.
E forçoso é reconhecer que grande número das agremiações espiritistas-cristãs, ainda tão recentes no mundo, tendem às mesmas inclinações.
Individualmente, os prosélitos pretendem o bem-estar, o caminho sem obstáculos, as considerações honrosas do mundo, o respeito de todos, o fiel reconhecimento dos elevados princípios que esposaram na vida, por parte dos estranhos.
Quando essa bagagem de facilidades não os bafeja no serviço edificante, sentem-se perseguidos, contrariados, desditosos.
Mas…  e o Cristo? Não bastaria o quadro da coroa de espinhos para atenuar-nos a inquietação?
Naturalmente que o Mestre trazia consigo a Coroa da Vida; entretanto, não quis perder a oportunidade de revelar que a coroa da Terra ainda é de espinhos, de sofrimento e trabalho incessante para os que desejem escalar a montanha da Ressurreição Divina.
Ao tempo em que o Senhor inaugurou a Boa-Nova entre os homens, os romanos coroavam-se de rosas; mas, legando-nos a sublime lição, Jesus dava-nos a entender que seus discípulos fiéis deveriam contar com distintivos de outra natureza.

Espírito Emmanuel, do livro Caminho, Verdade e Vida, psicografado por Chico Xavier

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