Não desdenhe brilhar
Sim, era acusado de um crime e fora aprisionado pelos homens…
Tudo indicava que na máscara daquele rosto a beleza fugira.
Traços duros e irregulares.
Tez sem cor e sem viço.
Cabelos ralos e descuidados.
Testa vincada por rugas profundas.
Olhos embaciados por desesperos ocultos.
Nariz adunco e disforme.
Boca rasgada de cantos contraídos.
Maxilares proeminentes.
Ar de tristeza e preocupação.
E caminha vacilante.
Tormento à vista…
Súbito, porém, o homem sorriu e um sopro de simpatia vitalizou-lhe o semblante.
Alteraram-se-lhe todas as linhas para melhor qual se possante facho interior fosse aceso de inesperado.
Não era o mesmo homem. Já não parecia um criminoso…
Amigo, você já observou o efeito renovador de um sorriso?
Sorriso é raio de luz da alma.
E a luz, ainda mesmo no abismo, é sempre esplendor do Alto vencendo as trevas.
Não negue a dádiva do sorriso seja a quem for.
Sorri na dificuldade.
Sorri na luta.
Sorri na dor.
Sua alma é sol divino.
Não desdenhe brilhar.
Espírito Valérium, do livro Ideal Espírita, psicografado por Chico Xavier
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