O Réu da Cruz
Em meio às perseguições
Da noite fria e sem luz,
Meus amigos do Evangelho,
Lembrai-vos do Réu da Cruz.
Sem que alguém lhe concedesse
O canto amigo de um lar,
Nasceu numa estrebaria
Por servir e por amar.
Desde a infância humilde e pobre
Na casa de Nazaré,
Trabalhava todo o dia
Entre os formões de José.
Ele, o Príncipe da Luz,
Caminho, Vida e Verdade,
Fez-se escravo pequenino
No serviço à Humanidade.
Foi Messias generoso
Da bondade e do perdão,
Trazendo ao mundo oprimido
A grande renovação.
Serviu aos ricos e aos pobres,
Ao feliz ao sofredor,
Devotou-se a toda a gente
Em sua missão de amor.
Revelou a paz do reino
Da verdade e da Bonança,
Fez brilhar na Terra escura
Novo lume de esperança.
À cegueira dos caminhos
Trouxe a luz pura e imortal,
Pelo Evangelho da Vida
Curou a lepra do mal.
Expulsou as trevas espessas,
Viveu a bondade imensa,
Trouxe a bênção da fé viva,
Trabalhou sem recompensa.
Mas, em troca dos tesouros
De sua abnegação,
Recebeu pedras e espinhos
De dor e incompreensão.
Foi traído e processado,
Encarcerado e ferido,
Ele, o Mestre da Verdade,
Foi o grande escarnecido.
Se também sois humilhados,
Lembrai-vos Daquele Réu,
Que foi à cruz pelo crime
De abrir a visão do Céu.
Espírito: Casimiro Cunha, do livro Antologia Mediúnica do Natal psicografado por Chico Xavier
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