05 dezembro 2021

Atribulações


Se há crentes aguardando vida fácil, privilégios e favores na Terra em nome do
Evangelho, semelhante atitude deve correr à conta de si mesmos.
 
Jesus não prometeu prerrogativas aos seus continuadores.

O Mestre foi, aliás, muito claro, neste particular. Não estimulou a preguiça, nem criou falsas perspectivas no caminho do aprendizado. Asseverou que os discípulos e seguidores teriam aflições e que o mundo lhes ofereceria ocasiões de luta, sem esquecer a recomendação de bom ânimo.
 
Seria inútil induzir-se alguém à coragem, nos lugares e situações onde fosse dispensável.

Se o Mestre aludiu tanta vez à necessidade de ânimo sadio, é que não ignorava a expressão gigantesca dos serviços que esperavam os colaboradores.
 
A experiência humana ainda é um conjunto de fortes atribulações que costumam
multiplicar-se à medida que se nos eleve a compreensão.

O discípulo do Evangelho não deve esperar repouso, quando o Mestre continua absorvido no espírito de serviço. Para ele, férias e licenças na atividade habitual deveriam constituir cancelamento de oportunidades.
 
Alguns se queixam das perseguições, outros se alarmam, quando incompreendidos.
Suas existências parecem ilhas de amargura e preocupação, cercadas de ondas revoltas do mundo.

Aqui, parentes humilham, acolá fogem amigos.

A ironia perturba-os, a calúnia persegue-os.

Mas, justamente nesse quadro é que se verifica a promessa do Salvador.

Responsabilidades e compromissos envolvem sofrimentos e preocupações.

Certo, não pediríamos trabalho a Jesus, nem o receberíamos de sua bondade infinita, para fins de ociosidade ou brincadeira; estamos em serviço e testemunho.

Aprendizes do Evangelho, encarnados ou desencarnados, teremos aflições nas esferas terrestres, mas, tenhamos fé e bom ânimo.

Jesus venceu o mundo.

Emmanuel, do livro Abrigo psicografado por Chico Xavier

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