Perante o Mundo
“Não se turbe o vosso coração. Crede em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar". – JESUS – João, 14:1-2.
“A casa do Pai é o Universo. As diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço infinito e oferecem aos Espíritos que neles encarnam, moradas correspondentes ao adiantamento dos mesmos Espíritos.” Cap. 111, 2.
Clamas que não encontraste a felicidade no mundo, quando o mundo, bendita universidade do espírito, dilapidada, por inúmeras gerações, te inclui entre aqueles de quem espera cooperação para construir a própria felicidade.
Quando atingiste o diminuto porto do berço, com a fadiga da ave que tomba inerme, depois de haver planado longo tempo, sobre marés enormes, conquanto chorasses, argamassavas com teus vagidos, a alegria e a esperança dos pais que te acolhiam, entusiasmados e jubilosos, para seres em casa o esteio da segurança.
Alcançaste o verde refúgio da meninice embora mostrasses a inconsciência afável da infância, foste para os mestres que te afagaram na escola a promessa viva de luz e realização que lhes emblemava o porvir. Chegaste ao róseo distrito da juventude e apesar da inexperiência em que se te esfloravam todos os sonhos, os dirigentes de serviço, na profissão que abraçaste, contavam contigo para dignificar o trabalho e clarear os caminhos.
Constituíste o lar próprio e, não obstante tateasses os domínios da responsabilidade, em meio de flores e aspirações, espíritos, afeiçoados e amigos te aguardavam generoso concurso para se corporificarem, na condição de teus filhos, através da reencarnação.
Penetraste os círculos da fé renovadora que te honra os anseios de perfeição espiritual e se bem que externasses imediata necessidade de esclarecimento e socorro, companheiros de ideal saudaram-te a presença, na certeza de teu apoio ao levantamento das iniciativas mais nobres.
Casa que habitas, campo que lavras, plano que arquitetas e obras que edificas
solicitam-te paz e trabalho. Amigos que te ouvem rogam-te bom amimo.
Doentes que te buscam suspiram por melhoras.
Criaturas que te rodeiam pedem-te amparo e compreensão para que lhes acrescentes a coragem.
Cousas que te cercam requisitam-te proteção e entendimento para que se lhes aprimore o dom de servir. Tudo é ansiosa expectativa, ao redor de teus passos.
Não maldigais a Terra que te abençoa.
Afirmas que esperas, em vão, pelo auxílio do mundo… Entretanto é o mundo que espera confiantemente por ti.
Emmanuel, do livro da Esperança psicografado por Chico Xavier
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