Roguemos auxiliando
Nos serviços da oração, não nos limitemos a pedir.
Roguemos auxiliando.
Todos podemos ajudar.
Recorda que a proteção do Céu volve à Terra dinamizada de mil modos, através das forças da natureza.
O chão seco clama por auxílio da fonte para socorrê-lo.
Sofre o manancial com o rigor da canícula e a chuva desce solucionando-lhe os problemas.
Chora a planta esquecida e o adubo reconforta-a.
Suspira a árvore por ajuda e o orvalho precipita-se por remédio balsamizante.
Tudo na vida é interdependência, fraternidade, cooperação, amparo mútuo.
Não nos esqueçamos, de que em rogando assistência ao Pai Celestial, podemos colaborar com a Providência Divina, representando-a, junto daqueles que sofrem mais que nós, afrontando obstáculos que nunca vimos.
Ninguém é tão pobre que não possa dar um pouco de alegria ao vizinho; que não possa distribuir pequeninas migalhas de tolerância com os familiares necessitados de compreensão, ou não possa oferecer alguma prece, em favor do enfermo ou agonizante.
Por toda a parte, é possível observar a existência de gavetas atulhadas de roupa, que poderiam servir na substituição dos andrajos daqueles irmãos nossos, que sofrem o açoite do frio e do vento, e de cofres saturados de recursos e lembranças, cujos donos provavelmente serão, em breve, visitados pela morte e que inutilmente amontoam o que lhes é desnecessário…
Aprendamos a pedir o que pudermos.
Roguemos amor, amando aos que nos cercam.
Imploremos o concurso do Céu, espalhando a solidariedade na Terra.
Não olvides a tragédia das águas estagnadas.
Enquanto o riacho que serve a todos corre feliz, a caminho do mar, dando e recebendo, auxiliando e sendo auxiliado, o poço de água parada se converte em refúgio de vermes e monstros, disseminando infeliz, o hábito da enfermidade e o escuro da morte.
Emmanuel, do livro Mãos Marcadas psicografado por Chico Xavier
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