25 outubro 2021

Na conduta de Cristo


Basta desejar e qualquer um pode comprovar, nos versículos evangélicos, que nos três anos de vida messiânica, Jesus:
Em tempo algum duvidou do Pai;
Nenhuma vez operou em proveito próprio;
Não recusou a cooperação dos trabalhadores menos respeitáveis que as circunstâncias lhe ofereciam;
Jamais deixou de atender às solicitações produtivas e nem chegou a relacionar as requisições irrefletidas que lhe deram endereçadas;
Não discriminou pessoas ou recintos para prestação de auxílio;
Nada fez de inútil;
Nada fugiu de regular o ensinamento da verdade conforme a capacidade de assimilação dos ouvintes;
Nunca foi apressado;
Nada fez em troca de recompensa alguma, nem mesmo na expectativa de considerações quaisquer.

Realmente, se Jesus não fez isso, por que faremos?

Aplicada a conduta de Cristo à mediunidade, compreenderemos facilmente:
Que se possuímos a fé raciocinada é impossível vacilar em matéria de confiança no auxílio espiritual;
Que tarefeiro a deslocar-se para ações de benefício próprio figura-se lâmpada que enunciasse o despropósito de acreditar-se brilhante sem o suprimento da usina;
Que devemos atender às petições de concurso fraterno que nos sejam encaminhadas dentro dos nossos recursos, sem a presunção de tudo saber e fazer, quando o próprio sol não pode substituir o trabalho de uma vela, chamada a servir no recesso da furna;
Que o aprendiz da sabedoria interessado em carregar inutilidades e posses estéreis lembra um pássaro que ambicionasse planar nos céus, repletando a barriga com grãos de ouro.

Na mediunidade com Cristo, principalmente, faz-se preciso reconhecer que a pressa não ajuda a ninguém, que ele, o Mestre, nada exigiu e nada fez a toque de força, e nem transformou situações ou criaturas, através de empresas milagrosas, porque todo trabalhador sem paciência assemelha-se ao cultivador dementado que arrancasse, diariamente, do seio da terra, a semente viva, nela depositada, para verificar se já germinou. 


André Luiz, do livro Opinião Espírita psicografado por Chico Xavier

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