Pequeninos, mas úteis
Educa-te, e assimilarás a influência das forças espirituais que iluminam.
Serve, e atrairás as forças espirituais que abençoam.
Diante da grandeza do Universo e perante a extensão de nossos próprios erros no passado culposo, todos somos pequeninos, mas podemos ser úteis.
Com vistas, assim, ao trabalho do bem, recorramos a imagens simples da vida para compreendermos, sem qualquer dúvida, a obrigação de servir.
A restauração do enfermo está dependendo de exame decisivo.
O diagnóstico está feito.
Os sintomas são evidentes.
Mas é necessário que esse ou aquele aparelho de análise, muitas vezes aparentemente de pouca monta, estabeleça a prova conclusiva para a assistência segura.
Para isso, no entanto, é indispensável que o recurso instrumental esteja em perfeitas condições.
O salão, à noite, está lotado por assembleia numerosa, reunida com o objetivo de estudar importantes problemas de enorme comunidade.
O temário está pronto.
Os planos são precisos.
Mas antes foi necessário se valesse alguém de humilde tomada elétrica, a fim de que a luz se fizesse.
Para isso, no entanto, foi indispensável que a instalação satisfizesse às exigências de sintonia.
O comboio está repleto de personalidades respeitáveis para importante excursão.
O programa é correto.
O horário está previsto.
Mas é necessário que a pequena alavanca de controle seja acionada para que a locomotiva se ponha em movimento.
Para isso, no entanto, é indispensável que a engrenagem permaneça na harmonia ideal.
Ninguém perderá tempo perguntando se a pipeta do laboratório pertenceu a algum malfeitor, se os fios da eletricidade, alguma vez, passaram inadvertidamente pelo cano de esgoto, ou se o ferro da máquina terá servido, algum dia, em conflitos de sangue e ódio.
Vale saber que, devidamente transformados, se mostram em disciplina para ajudar.
Desse modo, sabendo que todos somos instrumentos chamados à execução do melhor, e cientes de que a mediunidade, nesse ou naquele grau, é patrimônio comum a todos, ponhamo-nos a cooperar na obra do Cristo, Nosso Divino Mestre e Senhor.
Ninguém despreze a bênção das horas, cultivando tristezas inconsequentes ou sombras imaginárias, porque, muito acima dessa ou daquela deficiência que tenha perdurado conosco até ontem, importa hoje a nossa renovação para atender ao bem no lugar exato e no instante certo, porquanto, somente nas atividades do bem para o bem dos outros é que nós garantiremos a vida e a continuidade de nosso próprio bem.
Emmanuel, do livro Seara dos Médiuns psicografado por Chico Xavier
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