01 agosto 2021

O fracasso de Pedro


“E Pedro o seguiu, de longe, até ao pátio do sumo-sacerdote e, entrando, assentou-se entre os criados para ver o fim.” — MATEUS 26: 58.

O fracasso, como qualquer êxito, tem suas causas positivas.

A negação de Pedro sempre constitui assunto de palpitante interesse nas comunidades do Cristianismo.

Enquadrar-se-ia a queda moral do generoso amigo do Mestre num plano de fatalidade? Por que se negaria Simão a cooperar com o Senhor em minutos tão difíceis?

Útil, nesse particular, é o exame de sua invigilância.

O fracasso do amoroso pescador reside aí dentro, na desatenção para com as advertências recebidas.

Grande número de discípulos modernos participam das mesmas negações, em razão de continuarem desatendendo.

Informa o Evangelho que, naquela hora de trabalhos supremos, Simão Pedro seguia o Mestre “de longe”, ficou no “pátio do sumo-sacerdote”, e “assentou-se entre os criados” deste, para “ver o fim”.

Leitura cuidadosa do texto esclarece-nos o entendimento e reconhecemos que, ainda hoje, muitos amigos do Evangelho prosseguem caindo em suas aspirações e esperanças, por acompanharem o Cristo a distância, receosos de perderem gratificações imediatistas; quando chamados a testemunho importante, demoram-se nas vizinhanças da arena de lutas redentoras, entre os servos das convenções utilitaristas, assestando binóculos de exame, a fim de observarem como será o fim dos serviços alheios.

Todos os aprendizes, nessas condições, naturalmente fracassarão e chorarão amargamente.

Emmanuel, do livro Caminho, Verdade e Vida psicografado por Chico Xavier

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