18 julho 2021

Coragem da fé


Continuar no serviço do bem, quando tudo nos pareça uma esteira de males sob os pés, eis a real significação da lealdade ao Senhor.

Manter-se de coração tranquilo e alma impávida, na oficina dos ideais superiores, a convertê-los em realidade, sem esmorecer, na execução dos mais pesados deveres, quando muitos dos companheiros dos primeiros dias, já se tenham distanciado de nós e perseverar trabalhando, com a certeza invariável na vitória da verdade e do amor, a benefício de todas as criaturas, a despeito de todos os pesares… 

Sustentar-se de espírito vigilante na ação e na oração, sem descrer dos objetivos supremos da vida, na edificação da felicidade comum, embora a tempestade de desilusões se nos desabe em torno, derrubando apoios que se nos figuravam inamovíveis… 

Prosseguir caminhando para o alvo entrevisto, no amanhecer dos sonhos mais puros, conquanto as pedras de aflição e os espinheiros de sofrimento se nos multipliquem na senda, dificultando-nos a marcha… 

Avançar ainda e sempre, no encalço das realizações sublimes a que nos propomos atingir, no campo do Espírito, apesar de todas as provações que nos testem a confiança, às vezes, caindo na perplexidade e no erro, para levantar-nos nas asas da reconsideração e da esperança; chorando e enxugando as próprias lágrimas, ao calor das consolações hauridas no próprio conhecimento; compreendendo e silenciando; amando e servindo, eis a coragem da fé, a única que pode, efetivamente, renascer dos destroços das piores circunstâncias terrenas e encarar a razão face a face.


Emmanuel, do livro Paz e Renovação psicografado por Chico Xavier

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