Previdência
Há quem pergunte quanto à insistência com que os amigos espirituais se reportam à sublimação da alma.
Aqui, mencionam a reencarnação, exaltando a justiça.
Ali, assinalam a experiência terrestre por escola de aperfeiçoamento moral.
Adiante, ensinam o culto do Evangelho de Jesus, com os princípios espíritas, no recesso dos lares.
Mais além, destacam a oração por luz da vida íntima.
Por que tamanha preocupação com o futuro dos outros?
Isso, porém, e tão natural quanto qualquer instituto de amparo, no plano físico, onde os homens são obrigados a se prevenirem contra as necessidades fatais.
Reúnem-se economistas e administradores, estudando a distribuição dos recursos destinados à alimentação do povo, de vez que o descaso estabelece consequências de controle difícil.
Higienistas movimentam medidas que assegurem o asseio público, porquanto relegar populações à imundície é favorecer a epidemia destruidora.
Professores fundam escolas em todas as regiões, para que a ignorância não animalize a comunidade.
Milhares de laboratórios manipulam medicamentos de fórmulas diversas, entendendo-se que, sem o apoio da Medicina, as enfermidades limitariam desastrosamente a existência humana.
Sem previdência, qualquer organização ruiria indefesa.
Enquanto lhes for permitido pela Divina Bondade, as criaturas desencarnadas, despertas para o bem, falarão às criaturas encarnadas quanto aos imperativos da lei do bem. Isso porque todas as paixões inferiores que carregamos para o túmulo são calamidades mentais a valerem por loucura contagiosa, e, compreendendo-se que todos somos uma família única, é preciso reconhecer que o desequilíbrio, de um só, é fator de perturbação atingindo a família inteira.
Emmanuel, do livro Justiça Divina, psicografado por Chico Xavier
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