18 maio 2021

Ajudemo-nos


O tempo é o advogado de todos. Fala sem palavras e exalta sem louros humanos. Confere a cada um, segundo as próprias obras, a alegria ou a dor, a libertação ou o cativeiro.

Jesus não nos conhece pelos títulos religiosos que possuímos no mundo, mas pelo nosso coração, pelo nosso caráter e pelos nossos sentimentos. Vale mais acumular dons de servir e lutar pelo bem, que guardar moedas ou títulos destinados ao esquecimento.

Bem-aventurado é o trabalhador que, na hora do crepúsculo, se sente ainda com o tesouro do serviço. As estrelas brilham para ele com renovado fulgor e o Pai de Infinita Bondade lhe renova as energias para o trabalho a fazer.

Que encontremos em tudo e sobretudo a felicidade de trabalhar para o bem, sem repouso.

O Céu nos fortalecerá para que não desfaleçamos na marcha.

Louvemos os padecimentos que nos surpreendem a caminhada, porque não possuímos mais competentes instrutores para guiar-nos ao cume da divina ressurreição.

Desculpemos a existência pelos golpes que nos oferece. Pensemos que os nossos dias mais felizes são aqueles da mágoa e do sofrimento, que muitas vezes nos perseguem na Terra.

Viver confiando em Deus, ainda mesmo que as provações se multipliquem, significa tudo na base do êxito espiritual.

A oração é o remédio milagroso que o doente recebe em silêncio. A vida é infinita e o dia se renova constantemente, sob o hálito divino do Criador.

A morte é a grande niveladora no mundo e precisamos, em muitos casos, esperar por ela, a fim de que certos problemas sejam desvendados.

A meditação e a prece serão sempre lugares benditos de reencontros com a inspiração divina.

As dificuldades são luzes, quando aproveitamos o seu concurso para o bem.

Ajudemo-nos, ajudando aos outros, na tarefa da nossa própria libertação. È indispensável admitir a necessidade do nosso testemunho no sacrifício, para nos abeirarmos na verdade e suportá-la.

Precisamos crer no poder do trabalho e da boa vontade, os sublimes orientadores da alma, no roteiro que o Mestre nos traçou.

Maria Augusta Bittencourt, do livro Cartas do Coração, psicografado por Chico Xavier

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