07 abril 2021

Um momento


Antes de negar-se aos apelos da caridade, medite um momento nas aflições dos outros. 

Imagine você no lugar de quem sofre. 

Observe os irmãos relegados aos padecimentos da rua e suponha-se constrangido a semelhante situação. 

Repare o doente desamparado e considere que amanhã provavelmente seremos nós candidatos ao socorro na via pública. 

Examine o ancião fatigado e reflita que, se a desencarnação não chegar em breve, não escapará você da velhice. 

Contemple as crianças necessitadas, lembrando os próprios filhos. 

Quando a ambulância deslize rente ao seu passo, conduzindo o enfermo anônimo, pondere que, talvez um parente nosso extremamente querido, se encontre a gemer dentro dela. 

Escute pacientemente os companheiros entregues à sombra do grande infortúnio e recorde que em futuro próximo, é possível estejamos na travessia das mesmas dificuldades. 

Fite a multidão dos ignorantes e fracos, cansados e infelizes, julgando-se entre eles e mentalize a gratidão que você sentiria perante a migalha de amor que alguém lhe ofertasse. 

Pense um momento em tudo isso e você reconhecerá que a caridade para nós todos é simples obrigação. 


André Luiz, do livro Mãos Marcadas, psicografado por Chico Xavier

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