15 março 2021

Céu e inferno


Em matéria de prêmio e castigo, a se definirem por céu e inferno, suponhamo-nos à frente de um pai amoroso, mas justo, dividindo a sua propriedade entre os filhos, aos quais se associa, abnegado, para que todos eles prestigiem e cresçam, de maneira a lhe desfrutarem os bens totais.

O genitor compassivo e reto concede aos filhos, em regime de gratuidade, todos os recursos da fazenda Divina:

a vestimenta do corpo;

a energia vital;

a terra fecunda;

o ar nutriente;

a defesa do monte;

o refúgio do vale;

as águas circulantes;

as fontes suspensas;

a submissão dos vários reinos da natureza;

a organização da família;

os fundamentos do lar;

a proteção das leis;

os tesouros da escola;

a luz do raciocínio;

as riquezas do sentimento;

os prodígios da afeição;

os valores da experiência;

a possibilidade de servir… 

Os filhos recebem tudo isso, mecanicamente, sem que se lhes reclame esforço algum, e o pai apenas lhes pede para que se aprimorem, pelo dever nobremente cumprido, e se consagrem ao bem de todos, através do trabalho que lhes valorizará o tempo e a vida.

Nessa imagem, simples embora, encontramos alguma notícia da magnanimidade do Criador para nós outros, as criaturas.

Fácil, assim, perceber que, com tantos favores, concessões e doações, facilidades e vantagens, entremeados de bênçãos, suprimentos, auxílios, empréstimos e moratórias, o céu começará sempre em nós mesmos e o inferno tem o tamanho da rebeldia de cada um.

Emmanuel, do livro Justiça Divina, psicografado por Chico Xavier

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