16 janeiro 2021

Esmola e oração


Esmola e oração

Em matéria de esmola e oração, não olvidemos de conjugar os verbos pedir, obter e dar, para que se nos aperfeiçoe o sentimento. 

Em verdade, asseverou-nos Jesus:
– “Procurai e achareis”. 

Mas, afirmou igualmente:
– “Brilhe vossa luz”. 

Sem dúvida, advertiu-nos, bondoso:
– “Pedi e dar-se-vos-á”.

Entretanto, acrescentou:
– Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”. 

Realmente, cada dia, rogas para teu filho a Bênção Celestial, em forma de saúde e segurança, bondade e inteligência, contudo não te esqueças de que podes, na maioria das circunstâncias, descer do trono doméstico e estender fraternos braços aos filhinhos alheios, que tremem de frio ou que soluçam de fome, para quem significarás resposta sublime a dolorosos apelos. 

Pedes alegria ao Todo Misericordioso e, decerto, o Todo Misericordioso reconfortar-te-á o coração abatido, no entanto, aprende também a ser o consolo dos que vagueiam, desesperados, na noite da perturbação e do sofrimento, quando não jazem aprisionados nos calabouços do crime. 

Suplicas amparo em favor daqueles que mais amas, endereçando ao Senhor comoventes requisições que atingem a Glória Eterna, mas, não abandones o próximo necessitado, que, tanta vez, te espera auxílio afetuoso, metamorfoseado em alimento e remédio, perdão e entendimento. 

Não faças, porém, da caridade a esmola constrangida que se entrega, à força, a quem te solicita o supérfluo. 

Acorda tua alma à luz do amor infatigável e auxilia, espontaneamente, à maneira dos talentos do sol e da chuva, da flor e da fonte que descem do Tesouro Divino sem aguardar-te petitórios e chamamentos. 

Cultiva a prece com humildade, devotamento, fidelidade e fervor. 

Contudo, jamais te esqueças de que, da esmola que verte pura da Providência de Deus para as tuas necessidades, é indispensável retires alguma parte em favor daqueles que te rodeiam, a fim de que a tua oração não se faça delituosa exigência na Terra, mas, sim, flama abençoada e resplendente nos Céus. 

Emmanuel, do livro Refúgio, psicografado por Chico Xavier

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