Ensinamento vivo
Nunca te vingues. Guarda a paciência e desculpa sempre.
Esta é uma página real no livro do cotidiano:
Um amigo em provação sofrera golpes sobre golpes.
O companheiro, que supusera lhe fosse mais dedicado, arrasara-lhe a alegria.
Apropriara-se-lhe, indevidamente, da chácara que o pai lhe havia confiado, ao despedir-se da existência: apartara-o da esposa com atitudes fraudulentas e, por fim, tomara-lhe o filho quase criança e, após habituá-lo a cocaína, dele fizera perigoso salteador.
Por isso mesmo, jurou aniquilá-lo.
Cientificara-se de que o conturbado irmão compareceria a determinada festividade, em data à distância de um mês, depois de completar o seu plano infeliz. Adquiriu a arma de que se serviria e ensaiou o gesto trágico.
Na semana que se lhe seguiu ao projeto, no entanto, foi conduzido por irmãos devotados a certo lar que se entrega ao Culto do Evangelho de Cristo.
A lição em pauta era o perdão aos inimigos.
O inesperado visitante escutou as preleções da hora e comoveu-se ao refletir nos ensinamentos de Jesus.
Iluminado por súbita renovação, decidiu esquecer as ofensas recebidas.
No dia imediato, reconhecia-se outro, à procura da felicidade própria, na certeza de que Deus o abençoaria.
Passaram as horas sobre as horas, quando eis que a vida lhe traz uma surpresa estranha: no mesmo sítio, onde praticaria o delito, na data pré-fixada, ao término das manifestações de regozijo de quantos partilhavam a festa mencionada, aquele que se lhe fizera desapiedado agressor caiu nos braços da morte, sob violento colapso cardíaco.
Ensinamento do fato: jamais nos vinguemos.
Todos nós, aqui, ali e mais além, estamos todos sob o controle das leis de Deus.
Emmanuel, do livro Deus Aguarda, psicografado por Chico Xavier
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